quarta-feira, 17 de abril de 2019

SEM POSTAGEM SUA




















Tu, bem entende
dessa fome,
percorre por todos
os cantos deste piso,
e jaz se dela comem,
consome

Neste plano,
neste caminho do nada,
sem postagem tua,
sem imagem, sem mim
sinto o frio de a lâmina
atravessar o meu corpo
e nesta a morte
de um não, de um sim

Eu olho esta página vazia
eu querendo estar por traz dela
passar e tocar - te der repente
bem perto e assanhar teu juízo

Mas, cessaram dos meus lábios
as palavras,
Em meu infinito a loucura,
Repousa meu mundo surdo,
Relendo as horas perdidas
e às vezes eu tenho vergonha...
E choro por esses lamentos pedidos



*Vera Lúcia Bezerra