quarta-feira, 30 de junho de 2010

Arfar De o Mar

À beira do Cais
Nas ondas das tuas cordas vocais
Canção distante
Alcança os açoites e em noite, as
costa se estreita, esfria
Tem dias que me nubla que arrepia
Tanto te anseio harmonia, que me perco
Não devia...
Seio túnel congestionado que a boca silencia
Palavras que agonizam, sucumbem os ouvidos
Já arranhados que "Voz", queria

Os ruídos palpitam, arriscar-te ia...
Estação esvai indo, ainda me aflijo
Com este desvendar-te em meu seio

Tuas manhãs, queria
O Horizonte dos teus olhos arqueados
Vertendo como a noite nos olhares dos felinos ...e
Na areia quente e úmida, afundar
Em delírio morreria
Na lábia escorregadia de tua garganta
Desejo de aqui emergir vulcânica
Ser feliz, amada, e mais nada...

Vera Lúcia Bezerra Freitas
imagem DE VERAS

sábado, 19 de junho de 2010

Madrugada Fria

Quintal dos flamboyants
Floripondios e laranjeiras

Trago a prosa ao reverso
Guarda sombra pro teu rosto
Se mostrar em outro verso

Talvez use um chapéu de brim
Sombreiro desse jardim
Flores de Maio, meu início de Janeiro

És os Sois dos sonhadores, a sombra nos corredores
Donde deita tua procela, este p
oema não dorme
E sobre vivente, amanhece

Madrugada conspira dores, cama e dona, dor inverso
Vem um tanto atrevida e desalinha os sentidos
Me arranca tais gemidos!
Desmonta e remonta a idéia para o outro verso

Ah! Fragrâncias do canteiro
Deixe apenas um encanto
"Uma flor sobre a saia que imanta"
Na madrugada tão fria
Fica a dor "saudade"... E você, se vai...
(?)
*
*Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem DEVERAS

terça-feira, 15 de junho de 2010

Janelas Espiam

E a Alma se despe
Sentiria com prazer esta dor descrições do teu peito
Só pra saber as desavenças que ai transita...

Percebo-te em minha alma quando se despes
Poesia que, como a um céu dês estrelado
Completa, os lúmenes

Fazem poses reluzentes, deslizam rumo
Cair no vocabulário úmido e quente de tua boca

Fosse eu uma delas entre os teus desejos cadentes
“Arteira e descuidada bailava
Estilhaçando a lente do olhar”
Com os desgarrados da saia, vidrilhos...

Ao teu foco, me postaria nua!
Dando crias ao transitar entre as tuas divagações
Que as abriga, poesia

Se, sobrepostos corpos embriagados
Sorveria do pulmão vulcânico
A inspiração eloqüente, veneno do teu pomo ar
Em fusão esfumando as bocas mergulhadas em delírio,
Sugaria a tua boémia até esvaziar...

*
Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google

Rabiscando a Tela Do Instante

Faz frio
Nas pontas dos meus dedos
A inspiração me olha melancólica
Tingindo a tela do instante de si
Faz frio! Eu digo-lhes
Peço apenas um verso tinteiro
Cheio do líquido vida
Pra que eu possa me molhar
Pintar um céu vermelho
Fazer-te um trono, eu  rainha...
Estrela pulsando cá
Meu coração anseia arte
Tem cúbica, volúpia... 

Por ti essa Inquietação!
Peço mais uma paleta
Sirva-nos, nela o verso borbulhando
Já embriagado, cheio de doçura, para que
Amanhã eu não precise os borrões
De a boca apagar...
Deite-se sobre a arte remetida à alma
Para que juntas, minha
Imaginação e "eu" possamos mergulhar
Dispa-se das rezas, dos credos...
Sinta esse chão se desenhando
Pinceladas de aquarela deslizando
Contornando as curvas
Deslumbrada com a soltura da arte
*Ao realizar-te!

E veras, e terás
Aos teus pés, a assinatura beijar...

*Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem por google
Liliana Karadjova

sábado, 5 de junho de 2010

A DANÇA DIÁRIA

Apresentação Cultural, Noite de Encontro , Poetas da Coletanea Poética do Guará
Teatro da Administração do Guará

A DANÇA DA VIDA
Empossa a própria vontade...
Pose aos fleches!
Antes que finde
O momento dos olhares!
"O OLHO"
Também na mesma projeçao!
Por certo as rochas voaram
Entre as musselins furta cores
Que trituradas em baixo dos meus pés
Viram areia
Para os vazinhos do real jardim
É Fechar os olhos aos redemoinhos e
Não me assistir, missangas escapando
da cintura e caindo no colo dos espectadores
eu ...

Vera
imagem deveras