domingo, 29 de maio de 2016

NOITE ROUBADA


Noite rendida há magia no ar 
A lua lampeja seresta em catares
De aromas se veste
Cama de ébano Morfeu vai deitar...

Ahh! Meia noite já virada
Reticências e blá, blá, blas
Os olhos em chamas
Narinas farejam perigo no ar

Lençóis reviram revoltos pra lá 
Cá dentro malicias querendo saltar...
Desperta, e nas pontas dos pés
Talvez um beijo roubar

A Rosa silvestre encampo
Jardineiro além-mar
Botões despontam e fenecem
Ausente de os mimos a conchear 

              ♠ ♦ ♣           ♠ ♦ ♣


*Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem do Google
Página do Escritor: Recanto das letras



quinta-feira, 26 de maio de 2016

RECONSTRUINDO



Por esta fresta
a emoção escapa,
Tamanha e farta!
Toma conta do ser
alvo fácil...
Alma desarmônica,
eu não o acho...
Saudade me vem
de quando distraídos
em pensamento
Nós nos amávamos...
Sabíamos sorrir...
De todas as grandezas
que assistia
a simplicidade resistia...
Hora, caminho por ai...
O vento me sopra
Asas farfalham
E a rota gira, sã viagens...
Cheiro de nuvem
E me vem TU
Elefante tem asas...


*Vera Lúcia Bezerra Freitas
Página do Escritor: Recanto das Letras

quarta-feira, 25 de maio de 2016

ARREDORES DEVASTOS


Dormem 
os sonhos em sua 
consistência
Nuvens de sonhos

Nudez 
na alvorada
No peito que jorra arte
a leitura fantasiosa arde.

Agreste 
Se anuncia 
é outro ciclo
Giram os moinhos
roda viva e o corpo esguia

A vista nubla
os arredores devasto
teus passos, impasse
me partes 
desolados passos

Me acorde! 
Em teus dias de sol
pés no chão
sem vaidade me abrace!

Me ame me calce

Em verdade 
não é eu quem chora
É você, transbordando 
em meu corpo, desejos ais  


*

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google
PAGINA DO ESCRITOR: Recanto das Letras

 

OLHAR



Em meu seio
há um vale de segredos
Onde guardo
o mais precioso tesouro...
Ainda que
essa porta resolva-se fechar
Haverá essa
dimensão para mergulhar
A janela da alma

*



*Vera Lúcia Bezerra Freitas
Pagina do Escritor: Recanto das Letras


domingo, 22 de maio de 2016

CORPO CHORA, ALMA SANGRA

Corpo febril contradiz a alma trapilho
O sono roubado, 
Coisas por alguém partiu 
sequer viu, os sonhos jogados

Horizonte um desencanto
levando pra longe o olhar carregado,
Passos cansados, dor indivisível 
sonhos soterrados...

Sentimentos imperam inóspitos
em um peito desmanchado.
Silencio resmungando inaudível e solitário...

... E hora há tanta frieza
que o peito aquebrantado destroça, 
Dilacera saber, a certeza de ser invisível
ao abraço, que outra imagem empossa.


*
*Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem: Artista Evelyn Scott (Obrigada Amei)
Pagina do Escritor: Recanto das Letras


.

sábado, 21 de maio de 2016

MEIAS PALAVRAS

FAUX EMPIRE:
Não mais
Não me marca
rasuras de meias palavras
Não vingam frases...

Esse disse que nada diz
Oração sem o Ser, impessoal
Não me calçam,
O semblante não realça.

Não mais aos rascunhos,
Essa falha de pulso
de redemoinhos no telhado 
Não reluz, nem arranha as digitais.

Caligrafia discursiva a desejar
Alfabeto de vogais
Não, Não causam impacto
Não mais.

Aos rascunhos pesados
Passos a limpo, simetria não alça 
a quem manuseia laudas

Não mais a página lenta
Truculenta, fábulas, estórias mais...
Em nova versão!

Sem quebrar ao meio página.
Acento por baixo
Não mais.

*

*Vera Lúcia Bezerra Freitas 
Página do Escritor: 
 http://www.recantodasletras.com.br/poesias/5624442
IMAGEMBanco de imagens fantásticas!http://brianmviveros.com/main/all-workshttps://br.pinterest.com/pin/419397784029182788/