domingo, 17 de outubro de 2010

Estrada, que Dor Mil

A Estrada Parque

Ruas e esquinas destinam aquém?
Bocas de LOBOS famintos
Nos trechos que pareiam, também engolem o lamaçal

Horas se arrastam em idas e vindas ao labor
Alarde de saudade que sangra a alma
Donde me fardo de tanto só, espiar!
Vida retirante
Nos cortes que a desvia para o nunca mais...
Sem o retorno da vontade de o lugar ficar
Das, dessa e tantas outras Comitivas que partem
Deixando pra traz o choro sem língua
O Coro sem o bico para gorjear

Finda o dia com as artérias latejantes
Peito apertado, o desejo apressado pra regressar

Referida, referencia também meu clamar
Saudade que incha a gente
Presente na ausência do lugar
*
*Vera Lúcia Bezerra Freitas
imagem Google

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

ENCAIXAS E PÉS DE VENTO...



Encaixas os desencaixes


PUDERA EU!

Pudera eu mudar "o mundo de lugar"

Como estas caixas de papelão AINDA ENTULHADAS!

FUNDO POR CERTO É CASA DE POETA

“Cabe de tudo e um tanto de tudo possui vida

Escapam com mira certa, o foco decerto olhar “
Deste nó, SOL sem SI há o céu para morar
Telhado de vidro sem sombrear

Detalhes finos que a pena ao atravessar o peito

Retratas em meu prato de antepassados

E que eu processo como miragem...

É Profundo, bem sei é de revirar o estômago

Quando se tem fome sem colheita para cear

Ao longo destes, me poço elemento solitário e particular

“Em um canto as narinas no outro o hálito"

Até que a canção alcance a audição dos ouvidos”

Quisera eu encantar-te

Ver retornar a batuta rodopiando no AR

Chegando com a Flauta o som riso límpido

O choro estancar, o choro estrondar!
A flava que falta escapando dos teus dedos mestrais

A tingindo de ti os meus pelos milenares

Dai-me...

Pudera colher no céu o vôo de tuas mãos

Para pousarem aos teus pés e beijá-los

E destas nuvens algotãodoce!
Para me fazer novamente buscar

A DIVINDADE do lugar, eu me sentir um inteiro cristal...

Mas,

As caixas se arrastam nos incômodos...


Vera Lúcia Bezerra Freitas

Imagem do Google