sábado, 31 de dezembro de 2016

MEU AMOR




















Amor,
Me encontro
mergulhada
no sorriso
afável do seu olhar...
Não vá me perder
antes mesmo
de me encontrar.
Meus olhos estão
cheios de cores,
você só precisa
alcança-las
para ser a surpresa
que a vida
me fez procurar,
por entre melodias
e delicadezas
que aquieta
a minha alma, você.
E em seus lábios
beber a prece do amor.

*

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google
Pagina do Escritor:

SER SEU AMOR















A poesia que devoro me devora!
Meus olhos percorrem
os deslizes dos teu pedidos
querendo está dentro destes...
Chegam como pétalas
passeando hora suave,
hora quente sobre minha face,
provocando a malícia
e adoçando os meus sentidos...
Teu sabor! Sonhar... E sonhar...
Ouça o quebrar dessa barreira,
“minha nudez"
se desfazendo em versos
aos teus olhos mortais
Eis me ai...
Debruce sobre mim
e com a fome dos seus dedos
desenhe sobre o meu corpo
os seus arabescos  secretos
Afunde a maciez dos teus lábios
sobre o meu seio, é seu,
não vê a leitura intrínseca pulsado
o “sempre” bem aqui?
Toma o rosado dos botões...
Diga as palavras secretas
ao perdermos os sentidos
para findar o meu mártir
minha louca alquimia


*
Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem do Google
Pagina do Escritor: Recanto das Letras

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

NOVOS RUMOS
























O peito é alvo, molejo fácil
sobre as manobras desse leme
um desordeiro na direção
levando a rota ao velho dilema...

"Senhor nas águas a que destina"
a direção de suas velas
emaranhando em sua rede
a sonolência do mesmo tema?

E ainda há a dor de amor 
manobrando o sonhador
com o embriago da maresia 
adornando as suas retinas 

“Senhor do tempo a que destina”
com sua sabedoria direciona
para outro mar menos intrigante
vento nas asas sem neblina



*
Vera Lúcia Bezerra Freitas
Página do Escritor: Recanto das Letras
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/5866583
Imagem: Google - girl with dream catcher

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

PESCA A DOR, PESCADOR

                           Giulio Aristide Sartorio (1860-1932), A Sereia (1893)
Deixo a dor de amor possuir
pois eu não posso ir
a nenhum outro lugar
que não seja ai
em seu colo entrelaçar
no balanço da rede
bolinando as ondas aleia...
Tomara haja santo por lá
para me acudir
e eu não me afogar,
"ou to nem ai!"
Abra a sua rede
para eu me lançar
e afundar nesse mar.
Mergulhe entre seio
“também acalento”
para o peito calar...
Pesca a dor de amor!
Remedia meu peito
com seu jeito sacana
faz a boca gemer
e o corpo falar...
No balanço da gente
desnudando esse azul
lambuzando no mel
até a rede cair
o céu desmoronar.


*
Vera Lúcia Bezerra Freitas
Página do Escritor: Recanto das Letras
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/5865725


sábado, 3 de dezembro de 2016

CAMA DE VÊNUS!
















No meio da tarde
a alvorada é nublada
O transito se arrasta,
Vênus vagueia entediada
sobre nuvens pesadas
ironizando os blá,blá,blas,
esmaga o dialeto da maçã
que já não encandeia
ou lhe encanta  
o desejo de pesa-las.
Pouco néctar negada,
besteirol quais quer
não serve cá ceia,
não enche meia taça
ou credita falso vigário...
Falta um zás,
janela devassa aos fatos 
para os braços arquearem,
os olhos teimarem ficar
e a mente sustentar
para o encontro d’alma...
Vênus incendeia
Entrelaçando o enredo
Nos pilares de fogo...


*

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Pagina do Escritor:
Imagem Google

domingo, 27 de novembro de 2016

ASSIM SE VAI


















Assim se foi, nada a mais
que os lampejos
da mente que surtou
na insistência de criar.
Na lamuria o poeta sangra
enche a taça do fel que vaza
nela ele se farta.
A cada dose cambaleia
às sombras dessa esquina,
e a cada queda se abriga
em mais uma taça...
Atordoando em fadiga
adormece o seu pesar...
Queria apenas sonhar!
“Coisa essa impossível tocar”
Nem amiga, ou amada
Sem boca, ou lábios 
sequer um abraço que
dispusesse para dele lembrar.
Precisava sanar o vício
que o adoecia e arrastava
e ainda assim o guardava...
Deitou-se frente ao a –mar
pra descasar.
Seus olhos eram os mesmos
mas o peito afogava
diante a taça vazia a dor se ia,
nem um trago a mais.
Até poderia acordar
"apos mil anos, depois
que o corpo se tornasse
água e pó, se ouvisse
o sussurrar da voz,
saberia acordar".
Mas, não.
Nada se ouvia
o silencio se fez calar.
Nem um coro das cantigas,
que remelas pra limpar.
Se deixou levar
coisa alguma queria,
sentia ou valia.
Não importunava a dor do frio,
as lembranças de coisa antiga
Nem isso ou aquilo
nas supostas entrelinhas
e assim se ia...
Sem nada mais a aclamar
seus olhos desçancaram 
da ladeira antiga da estrada. 
Ahh


*Vera Lúcia Bezerra Freitas
Página do Escritor: Recanto das Letras
Imagem do Google

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

“ADEUS AMOR”















Adeus! 
Eis que de ti sabe resolvido,
não me cabe dês aprontos. 
“Pronto assim não te quero mais”. 

Por favor,
já o dissera descabido, 
Bem, bem entendido.
Bem entendido se vá.

“Sentimento pleno, escancarado
coisa essa que não me cabe”?
Adeus! Eu já o disse, 
se vá. 

Sem mais expectativas
de dois pesos pra tal medida
Tá, eu não quero balançar.
tial.

Veja que o entreguei ao azar
Pois essa tal sorte triste, não me vale,
sem coisa essa que me impeça
eu quero gargalhar!

Fui, 
Nem pesares, até mais.
O peito cansou da estupidez,
E do coração me aparto pra festejar!

“Vem cá,
minha alma, cara metade
a sair por ai sem apostar nada,
a alegria pra sede da gente basta”

Há enchentes para encher redes,
Moinhos e ventos estremecendo...
Fome herege para o bem da gente
Ah! Encantemos-nos mais... 




*Vera Lúcia Bezerra Freitas
Página do Escritor: Recanto das Letras


segunda-feira, 31 de outubro de 2016

EM NOSTALGIA

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Ah!
Vontade desmedida que teima,
na urgência que vem devora,
Desaba arrancando as telhas
Sem hora para ir embora...

O tempo se encabe do ontem
A palavra é vã não vigora.
É difícil manter o raciocínio
No frio da ausência de agora

Ah!
Pudesse manobrar o desfecho
o desalinho manuscrito em verso
Reprojetaria noutra página o texto
sem nostalgia propensa ao enredo.  

*



Vera Lúcia Bezerra Freitas
Pagina do Escritor: Recanto das Letras
IMAGEM do Google - sem os créditos




domingo, 18 de setembro de 2016

ÉS TU, FASCINAÇÃO
















Esse querer tão desajeitado
Tantas vezes indesejado
Tanto judia que chega ser desumano
Não me cabe arredio e tamanho.

Já é defeito burlar as regras
Por igual minha alma refrão...
Mas, onde estas que não me leva
que não seja a contra mão?

 Eu sei
Que já não sou tão menina
Para com a sorte ir insistindo
“com metade de mim em fuga”
a outra pura fascinação!

Não me diga que são quimeras
Sonhar tuas formas em cores
Seu desejo, seu cheiro e sabores,
Abrigo em minhas manhãs...

Na real, não me leve a mal
Você vai ter que saber meu coração
que eu não quero outra história
que não seja você fascinação.


*
*Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem do Google, (sem os créditos) 
Pagina do Escritor: Recanto das Letras
http://www.recantodasletras.com.br/escrivaninha/publicacoes/index.php


domingo, 31 de julho de 2016

DA ESPERANÇA
























Tardança,
Da sorte o amparo sem chão
Tantos futuros passados  
Esperas sugerindo a solidão
ao peito deleito negado.

Ausência,
Tenho falado comigo
Sobre essas coisas da vida
difíceis de serem tocadas
e ainda assim insistidas

Tenho crido, 
Nalgum dia amantes se encontram
Movem histórias cansadas
Saciam a fome que os obrigam,
suas chamas propagam...

É dito,
A mente que vaga alento mapeia
Um jeito da vida não se atrasar
de lá fora o fogo não se apagar
pra aquecer o frio de agora.



*Vera Lúcia Bezerra Freitas
Pagina do Escritor: Recanto das Letras



quarta-feira, 27 de julho de 2016

HOJE NOSTALGIA

IMAGEM Google

Hoje,
Eu não sou nada
que o diga a alma metade
Olhar aquebrantado
agonia fala por mim...

O corpo reclama feito trapo
Coração carregado do fado
No peito a recidiva...
O olhar vaga perdido

Hoje sou a mesma de ontem
não chorei ou sorri,
Não despertei,sequer dormi,
apenas amanheci.

A flor da pele me arde
os poros vazando a ressaca
do embebido amargo
estúpido trago e vício.

Hoje,
Não me acho em palavras
Não me vejo não me encaixo
desmazelo da ausência 
dispersa a deriva inexisto


*
Vera Lúcia Bezerra Freitas
Pagina do Escritor: Recanto das Letras

sábado, 23 de julho de 2016

E VOCÊ

 http://lucianosurreal.deviantart.com/art/Amor-sem-cor-188343862
Imagem http://lucianosurreal.deviantart.com/art/Amor-sem-cor-188343862


Eu te amo
Na dor que reveste segredo
Nos caminhos percorridos
Sem glorias ou leitos
Nos dias de fugas e medo.

Eu te amo
Nas transformações vividas
Na conspiração sem raiz...
Na ausência doída sem jeito
Que trago em seio defeito.

Eu te amo!
Presença invasiva no peito
desalento vertigem e dor
que a vontade independe 
o sentido que tem o amor

E...


*
Vera Lúcia Bezerra Freitas
Página do Escritor: Recanto das Letras
Imagem: 


segunda-feira, 4 de julho de 2016

SEM QUERER LÊ?





















Ele acoberta-se além-mar
Ela transpira no planalto central                                                          
Moço facílimo se diz tímido,
Moça faceira brinca com fogo  
                                                         
Ele Protela, esquiva do abraço
Ela Beijos já quis roubar                                                        
Carência replica e o faz viajar...
Inspirada a faiscar     

As histórias procriam
Os leitores se esbarram no ar
A linguagem se rela                        
Mentes fertilizadas viajam...
Além mar.

Além terra                                                   
Antenados abrem janelas
Insinuações persuadem
Ele tem o seu dialeto de trelas!        
Ela esquiva na ingenuidade!!!           
                                                           
Ele perde-se no permitir
A timidez lhes foi arrancada 
Ela morre de rir
por seu verso revidado
                                                         
Sem querer!
Ele quer saber do seu cheiro
Mapeando o caminho dos lábios
Ela solta dos olhos faíscas!

Quase sem querer, descobrem!
Ele guiado pelo olfato
Vai deixando os lábios tatearem
Ela respira fundo, arrepia e faísca

Olhos, olhar, encontro.
O tempo aciona o reverso
A respiração quente cessa
Fusão com alquimia de almas

Corpos adquirem forma etérea
Viram sorrisos em bocas secas
E um beijo é roubado...
Restam descamisados e maresia


*
Vera Lúcia Bezerra Freitas e Lê
Pagina do Escritor: http://www.recantodasletras.com.br/poesias/5687415
Imagem do Google




terça-feira, 21 de junho de 2016

MEU RECANTO

Hoje não trouxe nada
se não esse desconforto da alma
a dureza das palavras
capaz de deixar o ser trapinho

Em descompasso tateio as imagens
Talvez nalgum lugar seu olhar
“Seu sorriso capaz de fazer uma festa
aqui dentro de tão querido, trago-o comigo”...

Mapeio os caminhos do peito
Nesses nortes esconderijos 
algo que valha risco benefício...
Alcanço o tinteiro vazio.

Por essa fenda 
se esconde uma vazante
alarde que garganta adentro me arde
chega diante dos lábios e se esquivam.

Hoje é breu, Lê(ia)
Não acerto o acento escrivaninha.
As coisas giram em conflito
tudo roda, nela os sentidos

O corpo também tomba comigo
Alguém se aparta do ser e vai contigo
Ainda refém dessa coisa faminta...

*Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem do Google


sábado, 18 de junho de 2016

ESTRADA E SENTIDO




















Sobre aquela estrada
Que a alma insiste o coração quer ir
Que o valor da vida é somente seguir 
Mesmo sem sabe onde vai dar...

Eu sei que você pode se perguntar
Se já é tarde pra se importar?
Ai você pode tentar desviar
Mudar a direção, noutra curva entrar...

Mas se você quiser me encontrar
Sem outras opiniões leigas e falhas
Saberemos contar a nossa história
Sem mais desvios nem rotatórias

Já que a alma não te deixa respirar
Não há de haver medo de ralhas
Enquanto existir luas pra estrear
E se tem um ao outro pra somar

Você só precisa se permitir voar
Encontrar seu estado e se sentir
Refazer o seu voo e pousar
No meu peito acalmar-se ao se servir

Pois hoje você esta um tanto crescido
E não há mais sentido ser convencido.


*Vera Lúcia Bezerra Freitas
 Pagina do Escritor http://www.recantodasletras.com.br/poesias/5670581
 Imagem do Google


domingo, 5 de junho de 2016

DAS INCONSISTÊNCIAS













Reservo o poço escracho
aderindo a onda, se vai, vem...
"O mergulho é automático"
indiferente ao sábio.

Se tem que ser dito, 
"estou incem cível e fato"
sou uma vazante
e o mar é ali adiante.

Eu até te amanheço 
de olhos vendados
é breu metafórico 
"encontrar coesão então."

"Meu estranhamento
é descabido, nada de tudo
e tudo certamente 
não é e nunca foi nada disso"

Fainando a margem das rotas.
o horizonte a lampejar 
nos faz retomar...
Não vedes que definhamos
no alicerce tão alto!

O pico de ontem, certeiro na veia
restou o fado amargo na boca,
vomito, vomito, o que?
Se sequer consiste.


Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem do Google


sábado, 4 de junho de 2016

JURAS ETERNAS


















São mil juras de amor 
Como essa que sua voz me traz
Capaz de abrir no peito um vão!
E vazar partículas no ar... 

Pudera o pouso à tarde no galho
Fosse o teor da outra metade, 
Meu seio tornas eia ninho
Dar teia meu amor, passarinho.

A dor que persiste solidão
Pudesse arrancava com as mãos
E ao invés doutras jura fugaz
Daria a esse amar vazão

Foi-se junto com o fim de tarde
E por não saber aceitar 
Ordeno ao meu peito calar-se
Restando-me apenas ausência 

Desvairamento do Ser acorde razão
Me poste com os pés no chão
E findará as evasões
menção doutra ilusão... 

*

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Página do Escritor: http://www.recantodasletras.com.br/poesias/5656208
Imagem do Google


domingo, 29 de maio de 2016

NOITE ROUBADA


Noite rendida há magia no ar 
A lua lampeja seresta em catares
De aromas se veste
Cama de ébano Morfeu vai deitar...

Ahh! Meia noite já virada
Reticências e blá, blá, blas
Os olhos em chamas
Narinas farejam perigo no ar

Lençóis reviram revoltos pra lá 
Cá dentro malicias querendo saltar...
Desperta, e nas pontas dos pés
Talvez um beijo roubar

A Rosa silvestre encampo
Jardineiro além-mar
Botões despontam e fenecem
Ausente de os mimos a conchear 

              ♠ ♦ ♣           ♠ ♦ ♣


*Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem do Google
Página do Escritor: Recanto das letras



quinta-feira, 26 de maio de 2016

RECONSTRUINDO



Por esta fresta
a emoção escapa,
Tamanha e farta!
Toma conta do ser
alvo fácil...
Alma desarmônica,
eu não o acho...
Saudade me vem
de quando distraídos
em pensamento
Nós nos amávamos...
Sabíamos sorrir...
De todas as grandezas
que assistia
a simplicidade resistia...
Hora, caminho por ai...
O vento me sopra
Asas farfalham
E a rota gira, sã viagens...
Cheiro de nuvem
E me vem TU
Elefante tem asas...


*Vera Lúcia Bezerra Freitas
Página do Escritor: Recanto das Letras

quarta-feira, 25 de maio de 2016

ARREDORES DEVASTOS


Dormem 
os sonhos em sua 
consistência
Nuvens de sonhos

Nudez 
na alvorada
No peito que jorra arte
a leitura fantasiosa arde.

Agreste 
Se anuncia 
é outro ciclo
Giram os moinhos
roda viva e o corpo esguia

A vista nubla
os arredores devasto
teus passos, impasse
me partes 
desolados passos

Me acorde! 
Em teus dias de sol
pés no chão
sem vaidade me abrace!

Me ame me calce

Em verdade 
não é eu quem chora
É você, transbordando 
em meu corpo, desejos ais  


*

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google
PAGINA DO ESCRITOR: Recanto das Letras