sexta-feira, 30 de julho de 2010

Nas Pontas das Palavras

Me Aponta Palavra

Não te vá, não foges
*Se me queres me tens
Na terra de mais ninguém
Que é desabitado aos olhares, para morardes
Onde nem me permito habitar...
Onde eu tão bem sei de ti
Mais ninguém
"mas não vem"!
Já me acostumei com a sua
Presença assim tão distante de mim
Quando mudas a tua sina
A cama de lugar
E me arrancas as falas que á tempos desisti
Por serem árduas
Poema meu enfarte, só chegar e deitar...

Eu sei da sua ausência
É íntima aqui...
Do teu cheiro Indecifrável e suave
Que eu nunca pude sentir...
... No mais, eu sei de ti
Poesia que me versa desde a ponta dos pés
Quando resolvo saber de mim

*Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Arestas

*O Coração como Guia
Em uma estrada sem corrimões
Os sentimentos deslizam nos pilares
Descem aos pés e os arrancam!
Ressuscitam as lembranças rochosas das covas
A calosidade e o sertão...
E o equilíbrio pende á um metro dos braços
Serve-te de amigo o abraço
Quando juntas forem às mãos...
As arestas residem na terra dos sonhos
A noite chorosa embaça a janela, ecoam nômandes trovões
Qual direção meu guerreiro coração guri?
Que chão?

*Vera
Imagem Google

domingo, 11 de julho de 2010

Alçar na Melodia

Alçar na melodia dos lábios
Ousar os vôos
Encontrar-me na versão do teu olhar...
Enfrentar os remansos fora de tempo e de á vista
Donde perdura a peleja por vinga

Olhos despejos sem o olhar encurtam a vista
Só, por traz das frestas o céu para adorar
E até mesmo ser estrela sem alça queria
Em nuance teimar enganchar!

Sol denota os acústicos
Vagam os agudos em graves chamados
E nos ouvidos que adentra, pureza divaga
Em boca "cela" enjaulam feras palavras

Falta-lhe os desmanches dos sentidos
Melodia fogosa, lábia malandra de acervo fatal
Que lhes arranquem as asas para o pouso volúvel
Sobre o corpo de a voz vôos alçar
Ao sutil movimento dos teus, tão meus, lábios...

*Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google

sábado, 3 de julho de 2010

O Jeito de Olhar

Ao Termo, Terno e Eterno
Mesmo que no tempo fugaz

*Chegam assim as imagens já prontas
Quebra cabeça querendo encaixar
Peças misturadas entre elas completarem-se
Nos rumos, dês rumos, que nada são

“Até que as montem ao teu ver em cores
Se apossem, e a Donen Criação"

Peça saindo do lugar vem como foice
Às vezes é o instante que foi- se
E às vezes é sobre o pescoço

Tem vez que o apronto desmonta
E o que parecia ser adécuo espaço
Nem abaixo, ou meio esta
Tudo muda de lugar, o intante é começo
Nem meio ou fim há...

Talvez, se deixar-mos passar a sena
Mudar a vez de o lugar!
Mas, enquanto se pensa o pensar é um palco lento
Em meio aos pés passantes, se restar

Às vezes não tem jeito, é arriscado!
Mas, repisar nem que seja passar a vez de lugar

É inevitável ela, a vez momento chega!
Ou você muda de jogo
E se joga no inesperado início de sena
No “inicio” de tempo nem tempo se tem de pensar

Mudam as peças, trocam as cenas
As posições de lugar... Mas
Na hora zarolha a frente é descoberta

Você pensa, e “quando pensa”
Que jeito, se não dançar, é
Agente aprende a sena encenar

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem MAESTRO BRUNO RODRIGUES
" OUT OF AFRICA