segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Beco sem Gato


Minhas meninas
Brincam de roda na orla da íris deste céu
No centro dela um gato peregrino se faz prisioneiro
Pede leite ao luar...
Os teus olhos parecem dois horizontes verticais
“Big Faróis assustados"
Quando abertos
Derramam sobre o devaneio estrelas
Que encandeia!
Às vezes eu me imagino espelhada nelas
Então eu me sinto sua dona colhendo - as
E enfeitando o cenário para
Uma poesia orquestrar os becos dos felinos...
E eu sair do centro da roda e
Deitar o meu corpo mutante
Sobre uma cama de peixe... Miau!
Fundir meus fragmentos ao feixe de luzz!
Os pelos da boémia eriçam
E no seio da criatura noturna
Há um tambor nervoso que por si se espanta
Por não achar nada igual!
Sai por ai rosnando
Pulando os muros e as fachadas
Para um dueto de
batucadas

Vera Lúcia Bezerra Freitas
imagem Google

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Sonhar as Estrelas

Amar
É quando me esvazio de mim
A minha alma me escapa
Á buscar-te
E quando chegar
Viajar ficando num abraço
E outra vez
Encher-me de ti
Esvaziar...
E a minha boca lasciva
Já saliva...
*
VERA

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O Vermelho dos Campos


Hoje terei o
Verde dos campos
A Flor branca
Dos laranjais
A Rosa cor de boca
O Lilás
Que vestem as fadas reais
Um lençol azul enfeitado de lua e estrelas
Duas janelas em um mesmo quarto!

E vento, muito ventooo
Sobre o meu corpo deitado
O zan zar de borboletas bolinando ao redor
Das saias de tule que já são esparramadas!
Sobre os arrepios
As tuas mãos se formando em conchas
Beijando a pele da face rosada

E no vão, canteiro entre os meus seios
Plantaçoes de hibiscos, de todas as cores
Que hei de comer
Beija flor que se aforgar!
"Se ainda controla o ponteiro do tempo"
Se enrole
Nas duas faces daquela historia...
E não a apague a luz agora
Espere os meus cílios sentirem vontade
De se deitarem...

Vera Lúcia Bezerra Freitas
O Vermelho dos Campos
Imagem Google

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

TELA


Um traço que me arranhe profundo
E te pinte próximo a ela dor...

Pincel fino e seguro
Mergulhe alem dos tons, e que o permita
Ultrapassar a paisagem obscura

E de vez em outra...
Mãos te abusem, mas que estas
Mão me errem no contorno das margem
Onde persistem as ramagens e flores
E o artista ausente de si silencie, por achar beleza
Ao se despir para amar a imagem
Escalando insano a ti mesmo, que és tal qual miragem...

Hastes desfolhem
Cruzando de canto a outro
Uma era de si para que te aprontes
E encontre
A aquarela refeita aspirações!
“Na imagem”
Pinceladas desabem vigorosas combinadas
Escalando contra os borrões que formam, que deformam

E a arte sem parede se apronte!
Então o artista mira os teus olhos
E se abandona num mergulho sem fundo
Na profundeza que te guardas
O pincel o alcance
E se lance como flecha em seio
Tingindo de incolor o autor...
Quem há de crer ou ver a autenticidade da arte
Nesta densidade?

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google

sábado, 14 de novembro de 2009

O CORAL HABEAS CANTUS DO TRF


















O CORAL HABEAS CANTUS

A noite teceu com carretéis de
Bordados o teu verso
Estrela cá dentro
Atiçou o candeeiro do céu
As distorções da cumeeira
Criam formas
Transparentes de vidas
Como afluentes, rios e mares
E neles os seres imaginários...
Anjos abrem as partituras douradas
E o Coral Habeas Cantus
De encantos recital
Traz consigo suas luminária acesas
E as postam diante a posse douro maestria!♪
Agora, Clave de sol ♫
Anuncia a alvorada nas esplanadas!
E ninguém se imagina menos vestido
De nuvem para a dança dos anéis!

*
Poesia: Vera Lúcia Bezerra Freiras
Ao coral Habeas Cantus do TRF 1ª Região - Brasília -DF
Pagina do escritor: Recanto das Letras, código do texto: T4682310



quinta-feira, 5 de novembro de 2009

... Sobre a Graça do Poeta


... Seja aqui
Seja lá
A este olhar que tudo vê
O que tiver quer ser
Que a grandeza por igual deste "céu"
Farte a fome dos passantes
Acalente tuas almas
E que dos "meus"
Olhos caiam as vendas
Ao menos para aquele instante
Em que a mão da ilusão
Entra na cartola...
Então
Juntem-nas em conchas
Afunde nas nascentes sagradas
E poste-as sobre a face...
Depooois me contem

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem de outro filho do poeta
Por GOOGLE

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

DEVERAS POESIA...


























Deveras Poesia
Se tudo for ponte
Encontro e travessia
Verdade semblante em vida
Flâmulas de bem te vi
Cardume e maresia
Canto claro de um sol
Que deveras Verás

Teu verso vertendo a voz de tanta gente
Alma flor de uma verdade latente
Louva
Deus até no broto de uma semente

Sente e vê
Que todos somos um único ente
De olhos mãos cores vibrantes
Dentro de um coração que rumo vai pulsante


José Nildo de Souza
"Canto do Escritor" e na "Noite de Poesia"
Imagem Google

Atirando Pétalas Para Caminhares


O "Gliter"
Elemento vital
Ensandecendo as retinas esvais-me
Levando em teu sol minhas asas
E EU?
Embebida a magia do astro
Indolor as meninas
Arranco a flor do seio
E me abandono
Para ti buscar...
Nem quero amanhecer
Quando chegar


VERA
Imagem Google

Em Flamas o Sol


Outros dias
De Sol
Me chamas dançando
Em malícia
Crepitando fogueiras em seio
Inflamando, enfeitiçando
Lanças -me para dança
Lamparinas e luminárias atiçam
E nada verbalizam...
Mas eu o que sei?

Já queimavas dantes!
Agora “VEM”
No silencio da calada
Sobre os montes encandear
Com tua flama
E adentrar a porta da morada sagrada
E lá habitar
Pra vida reacender
O SOL
Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google

domingo, 1 de novembro de 2009

Meu Jeito de Olhar


Ver é imagem
Ver-ter
Estes vagões e corredores vazios
É quando me tocas
Com as tuas parábolas, fazendo-me escapar
Verter em aromas por ser vazante por ti

Hora me fazes leve brisa
Outras vulcões
Hora borboleta, colibri...

Agora caramujo
Onde casa são as tuas palavras
É ai que os meus olhos viajam
Descortinados e sem frio
Nem precisa telhado pelo bem que me fazem
Nelas me agasalho macio
Tiro a armadura e as mascaras
As esqueço em qualquer lugar
Fico nua e descalça
Para acordar, pra dormir...

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google

Encantada!

Criatura de doces aromas
És tal qual beija flor á polinizar-me!
Eu mergulho em cada uma destas
Tuas belas flores
E já me pareço com a alvura perolada de tua alma...
Paraíso preservado para eu em
Dia á dia reconquistar
Encantada !
*
Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google