domingo, 31 de julho de 2016

DA ESPERANÇA
























Tardança,
Da sorte o amparo sem chão
Tantos futuros passados  
Esperas sugerindo a solidão
ao peito deleito negado.

Ausência,
Tenho falado comigo
Sobre essas coisas da vida
difíceis de serem tocadas
e ainda assim insistidas

Tenho crido, 
Nalgum dia amantes se encontram
Movem histórias cansadas
Saciam a fome que os obrigam,
suas chamas propagam...

É dito,
A mente que vaga alento mapeia
Um jeito da vida não se atrasar
de lá fora o fogo não se apagar
pra aquecer o frio de agora.



*Vera Lúcia Bezerra Freitas
Pagina do Escritor: Recanto das Letras



quarta-feira, 27 de julho de 2016

HOJE NOSTALGIA

IMAGEM Google

Hoje,
Eu não sou nada
que o diga a alma metade
Olhar aquebrantado
agonia fala por mim...

O corpo reclama feito trapo
Coração carregado do fado
No peito a recidiva...
O olhar vaga perdido

Hoje sou a mesma de ontem
não chorei ou sorri,
Não despertei,sequer dormi,
apenas amanheci.

A flor da pele me arde
os poros vazando a ressaca
do embebido amargo
estúpido trago e vício.

Hoje,
Não me acho em palavras
Não me vejo não me encaixo
desmazelo da ausência 
dispersa a deriva inexisto


*
Vera Lúcia Bezerra Freitas
Pagina do Escritor: Recanto das Letras

sábado, 23 de julho de 2016

E VOCÊ

 http://lucianosurreal.deviantart.com/art/Amor-sem-cor-188343862
Imagem http://lucianosurreal.deviantart.com/art/Amor-sem-cor-188343862


Eu te amo
Na dor que reveste segredo
Nos caminhos percorridos
Sem glorias ou leitos
Nos dias de fugas e medo.

Eu te amo
Nas transformações vividas
Na conspiração sem raiz...
Na ausência doída sem jeito
Que trago em seio defeito.

Eu te amo!
Presença invasiva no peito
desalento vertigem e dor
que a vontade independe 
o sentido que tem o amor

E...


*
Vera Lúcia Bezerra Freitas
Página do Escritor: Recanto das Letras
Imagem: 


segunda-feira, 4 de julho de 2016

SEM QUERER LÊ?





















Ele acoberta-se além-mar
Ela transpira no planalto central                                                          
Moço facílimo se diz tímido,
Moça faceira brinca com fogo  
                                                         
Ele Protela, esquiva do abraço
Ela Beijos já quis roubar                                                        
Carência replica e o faz viajar...
Inspirada a faiscar     

As histórias procriam
Os leitores se esbarram no ar
A linguagem se rela                        
Mentes fertilizadas viajam...
Além mar.

Além terra                                                   
Antenados abrem janelas
Insinuações persuadem
Ele tem o seu dialeto de trelas!        
Ela esquiva na ingenuidade!!!           
                                                           
Ele perde-se no permitir
A timidez lhes foi arrancada 
Ela morre de rir
por seu verso revidado
                                                         
Sem querer!
Ele quer saber do seu cheiro
Mapeando o caminho dos lábios
Ela solta dos olhos faíscas!

Quase sem querer, descobrem!
Ele guiado pelo olfato
Vai deixando os lábios tatearem
Ela respira fundo, arrepia e faísca

Olhos, olhar, encontro.
O tempo aciona o reverso
A respiração quente cessa
Fusão com alquimia de almas

Corpos adquirem forma etérea
Viram sorrisos em bocas secas
E um beijo é roubado...
Restam descamisados e maresia


*
Vera Lúcia Bezerra Freitas e Lê
Pagina do Escritor: http://www.recantodasletras.com.br/poesias/5687415
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