domingo, 11 de abril de 2010

O peito Não Alivia

Apenas Poesia, Mas o Peito Não Alivia!

Amo-te aqui… Onde ninguém sabe
"E todos de si sentem"
Nas palavras que em sua boca tomam formas encantadas
Expressam-se dançantes nas curvas que delineiam o meu corpo...
- Os chamados não ousam, dormem nos vagões
Congelados juntos ás projeções da mente
Adormecida também é a ansiedade
Aguardando a tua chegada e vibrarem os sinos...
Amo-te ali...Desperta, onde me despes e já me veste
Com as insinuações quentes de tua língua...
Mas a vida tem pressa, e junto é preciso mergulhar
E às vezes quase me arrebento
Sem saber o que de mim restará...
Amo-te cá, quando me sinto menina
Em tuas mãos bailarina, por essa dança regida
Esquecer do tempo, de as piruetas pararem!
Amo-te assim
No início de mim, e quando eu mesma me ausentar
Não mais puder tocar os meus sentidos
Não ouvir o balé dos teus!
E não acordar á tempo para dizer
Que te amo também na ausência como de agora
E que te sinto onde nem tu, talvez saibas
Amo-te assim Minha Estrela
Transcendente de auroras...

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Devera

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Um Poema Que Me Complete

Dos Caracteres Soltos ao Abrigo amigo
Um Poema que Complete Prima Vera

Sim, quero um poema
Que já chegue se convidando
Ao tempo que receptivo assim oferecido
Poema que não se envelopa, nem dobra
Para não manchar nem marcar vinco
-Poema sem riscos ao olhar
Mas se emotivo, fizer chorar
É a transparência bebível
Então que seja este uma aliança
Enlace o coração e translade bonança
-Um poema sem endereçamento
Pois tem a própria expressão da gente!
Sem a obrigação ou a rigidez da simetria
Desprovido de vícios linguísticos
"Quero o poema"
Que não se entrega aos dias nublados
Ou a demasia ressequidos
Que seja forte, destemido à amostra os sentidos
E se for ao acaso, seja meu, o caso
Mas que convença, ou não acredito
E agora como sendo o enunciado me anuncia"
Um Poema?
Que completa com os caracteres Devera
Aqueles que resolveram de a tua língua saltar
E dentro da minha boca coisas imprecisas se formular
Que não as descrevo aqui!
Não por falta de em mim a vontade, ou linhas na página
Mas por assim querer, por já saber
Que debaixo dos meus dedos há chamados acalorados
Onde são acolhidos do frio...
*
Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google
Um Poema que Complete Prima Vera

domingo, 4 de abril de 2010

Vida Curta, Justa?



















A memória bem que podia ser
Um violão sem cordas
E este coração não faria tanto barulho...
Quem haveria de tocar a canção da saudade
E torná-la tão doce quanto a tua presença?
“Isso digo a mim, pois de eu para ti, o que sei”?
Até parece que a ausência tem coro barulhento
E tem! É como um açoite de frio
Invadindo e arranhando o meu físico
Desconsolando o meu espírito
Desgovernando a minha mente
Para que eu me sinta
Invisível até na lembrança
De quando estive diante à Íris dos teus olhos
E dito assim, não me ver em cores...
- A distância podia ser
Bem mais curta, mais justa
Iguais as saias em uso, enquanto eu menina cá ainda está...
- E esta boca de noite, podia não parecer
Com um labirinto fúnebre, quando me perco de você


Quando sei que nela insisto pirilampo...
- A mesma memória também podia não conspirar
E falar mais alto do que a tocaia dos depraves
Dos chamados do corpo, para com eu...
EU, bem que podia dormir
Não mais acordar, e esta dor não sentir...
*
Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem GOoogle
"P r i m a vera"

O Mundo Sem VOZ!

Ao amigo Sérgio Bittencourt
Onde esta, Voz?
Sou Venus, a beleza da alma...
Sou Libra,
a leveza dos mundos
Em minhas mãos dois versos
É "apenas o início de Um Poema"
As palavras se assemelham ao dente de leão
Teu peso, como o sereno do meu ressonar...
E o meu grito é em Silencio
É para fala comigo, com *DEUS,
que me ouça, Poesiaaa
* E eu o vejo até no broto da semente!
Para adentrar a morada da alma
“Eis os braços em ciranda das meninas dos meus olhos”
Em um convite tecido com
As veias do corpo da arte do poeta
Para a tua inocência aqui se espelhar
Entrar na flor do meu seio
E conhecer da fragrância da flor de lótus...
- O que há com o poeta que se
Aromatiza com DEUS?
Não ouço a VOZ da POESIA, que do nada
partiu
Meu olhar não sorrir
Avisto intranqüila a porta da morada
De tua morada
E do verso, não se ouve falar!

Vera Lúcia Bezerra Freitas
*O mundo sem voz
Imagem Google

Cadê a Flama Sol Para as Asas?

POETA,
Pedras não choram
Outras até gostariam de Ver Ter mares
Talvez por terem a consistência tão resistente
Não se atentem que a falta de expansão entre partículas
Dilacera além, anuvia a alma
Ou não cabe ali dentro a Rosa de um coração...
Arranque a tua veste, de limo
E daí- me a graça da transparencia do teu olhar
Quero da essência tragar...
Toma as minhas asas, são tuas!
Voa no barulho das palavras tecendo o teu ninho de versos
Macio, assim como os desmanches das nuvens
Na amplitude desse céu do POETA
"Nada mais sou assim como ai dentro É".
Até que a dimensão das tuas penas não o limite
E as minhas já não te sirvam mais...
Se quiseres me abraçar, vem cá...
Sou as artimanhas do poeta, toda matiz e procela
E como este verso, como-o...
E junto ao dia renasço outra, noutras páginas...

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google


sexta-feira, 2 de abril de 2010

Insistência


Insistência
Às vezes falta poesia pra flor
Noutras faltam elas para a poesia
Às vezes segue um séquito de desamor
E desbota-se a cor que ela teria.

Num tempo acústico e sem ouvidos
Perdem-se pétalas, ternura e sentido
Sobram estradas de tanto asfalto
E a flor implora chão ao que lhe vem ferindo.

Algumas insistem belas, como primavera
Versando exuberância em colorido
A revelia da falta de luz, calor e vento.

Fazem ainda lembrar suas moradas
Como se pelo deleite nosso ou da passarada,
Gritando por jardins que perdem-se no tempo.
*
*Sônia C. Prazeres
Imagem Google
A-Infancia-do-Recente-Passado por Jorge Siva