Sem juras de amor a melodia não é doce
Seu refrão é como pendulo
Que diz, desdiz, mas foi- se
É como lua que emborca árduos tragos
Engolindo as estrelas, envolta a manto fado...
Nos esconderijos de sugestivas vontades
Os sentires são cortantes, procriam são majestade
E nas suas idas que partem como foice
Estagnados desatam sangrias do ontem virado.
E até os mais sutis poros, se enchem, viram riachos
Arrastam enxurradas, vazam as margens
Cá, entre becos que o pareiam e esmaga
O silencio retoma voz, o repente escapa.
Como felinos rugindo exsudando vivacidade,
Noutras ondas maresia, novos acordes rumo cidade.
*Vera Lúcia Bezerra Freitas
Página do Escritor: Recanto das Letras
Código do texto: T7473511