terça-feira, 21 de junho de 2016

MEU RECANTO

Hoje não trouxe nada
se não esse desconforto da alma
a dureza das palavras
capaz de deixar o ser trapinho

Em descompasso tateio as imagens
Talvez nalgum lugar seu olhar
“Seu sorriso capaz de fazer uma festa
aqui dentro de tão querido, trago-o comigo”...

Mapeio os caminhos do peito
Nesses nortes esconderijos 
algo que valha risco benefício...
Alcanço o tinteiro vazio.

Por essa fenda 
se esconde uma vazante
alarde que garganta adentro me arde
chega diante dos lábios e se esquivam.

Hoje é breu, Lê(ia)
Não acerto o acento escrivaninha.
As coisas giram em conflito
tudo roda, nela os sentidos

O corpo também tomba comigo
Alguém se aparta do ser e vai contigo
Ainda refém dessa coisa faminta...

*Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem do Google


sábado, 18 de junho de 2016

ESTRADA E SENTIDO




















Sobre aquela estrada
Que a alma insiste o coração quer ir
Que o valor da vida é somente seguir 
Mesmo sem sabe onde vai dar...

Eu sei que você pode se perguntar
Se já é tarde pra se importar?
Ai você pode tentar desviar
Mudar a direção, noutra curva entrar...

Mas se você quiser me encontrar
Sem outras opiniões leigas e falhas
Saberemos contar a nossa história
Sem mais desvios nem rotatórias

Já que a alma não te deixa respirar
Não há de haver medo de ralhas
Enquanto existir luas pra estrear
E se tem um ao outro pra somar

Você só precisa se permitir voar
Encontrar seu estado e se sentir
Refazer o seu voo e pousar
No meu peito acalmar-se ao se servir

Pois hoje você esta um tanto crescido
E não há mais sentido ser convencido.


*Vera Lúcia Bezerra Freitas
 Pagina do Escritor http://www.recantodasletras.com.br/poesias/5670581
 Imagem do Google


domingo, 5 de junho de 2016

DAS INCONSISTÊNCIAS













Reservo o poço escracho
aderindo a onda, se vai, vem...
"O mergulho é automático"
indiferente ao sábio.

Se tem que ser dito, 
"estou incem cível e fato"
sou uma vazante
e o mar é ali adiante.

Eu até te amanheço 
de olhos vendados
é breu metafórico 
"encontrar coesão então."

"Meu estranhamento
é descabido, nada de tudo
e tudo certamente 
não é e nunca foi nada disso"

Fainando a margem das rotas.
o horizonte a lampejar 
nos faz retomar...
Não vedes que definhamos
no alicerce tão alto!

O pico de ontem, certeiro na veia
restou o fado amargo na boca,
vomito, vomito, o que?
Se sequer consiste.


Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem do Google


sábado, 4 de junho de 2016

JURAS ETERNAS


















São mil juras de amor 
Como essa que sua voz me traz
Capaz de abrir no peito um vão!
E vazar partículas no ar... 

Pudera o pouso à tarde no galho
Fosse o teor da outra metade, 
Meu seio tornas eia ninho
Dar teia meu amor, passarinho.

A dor que persiste solidão
Pudesse arrancava com as mãos
E ao invés doutras jura fugaz
Daria a esse amar vazão

Foi-se junto com o fim de tarde
E por não saber aceitar 
Ordeno ao meu peito calar-se
Restando-me apenas ausência 

Desvairamento do Ser acorde razão
Me poste com os pés no chão
E findará as evasões
menção doutra ilusão... 

*

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Página do Escritor: http://www.recantodasletras.com.br/poesias/5656208
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