quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Feliz Poesia!

Entre o vão e o amar do grotão
A embarcação do poeta diante o Ser TÃO
“Se o agreste regressar vira mar"
Não há de beber até se afogar
Tocar na textura da tua prosa, tamanha viagem!
Mas ele, o poeta, não se basta, quer mais do que navegar
Almeja a musa, desfazer as mechas dos teus sonhos
Sem pesar em teu barco os novos trançados
E lhes dar a vida que sugeres bem
Vou desfolhando as tuas páginas, um olho aqui outro acolá
Se eu entendesse dos rumos... Mas, imagino que
Aqui são as tuas rotas profuuundas
- Em meu planeta redondo
É denso o bolinar do vento em meus cabelos
É balançar... Beber do mar e nausear
Quando o ritmo deste se acomodar
O verso de anos se abrirá surgindo o poema
Que vaidosamente se arruma
Se demooora para se aprontar...
O que queres dizer á flor, ou rosa dos ventos
Molhada e em meio aos borrões?
Se não fosse o embaço dos olhos, os papeis desfigurados
"Defina além das ondas Tomé"
Alem do bailar na estrutura da nau
Segues com o teu mantra em mãos, como se esse fosse
Um remo para que não te afundes
O repente do terço parece mais curto
- A boca do mar há de acordar para o cheiro
Das manhãs se misturando á maresia
Não há de engolir os náufragos famintos antes de a praia
Porto que se apronta enquanto ainda
Dormem os navegantes em
delírios...
Feliz Natal!
Feliz Vida em Poesia!

Vera Lúcia Bezerra Freitas

domingo, 20 de dezembro de 2009

Pés de Vento


Sem o embriago de dogmas, sã e não santa
Não me fazer de rogada ou heroína
Ser poeta
Em tua boca me servir do que eu quiser
Engordar com o repertório de tua lábia
Mergulhando na cachoeira de tua saliva
Nesta hora que me sugeres
Enxugar-me na maciez de tua língua...
Na nascente onde acorda o dia!
“Cá, ouvir a tua voz, que em mim chamas”
Sentir-me como estrela SOL
Ter grandeza de mundos em teu cintilar
Tirar dos teus lábios o meu fôlego
Que nos ventila os movimentos da vida...
E em meu ventre um sopro se
Transformar em um planeta
Com as formações e semelhanças divinas
Aspiração una dos mortais... Mas
Sou apenas o caractere de poeta
O Pé de vento e o telhado aluado
No peito o elementar de tua crença
A estrela projetada, no sempre palco
Como uma peça se formando, deslocando as cenas
... Ensaios repetidos que te focam
E repisa-te no seio
Em cada novo poema uma taça á Dionísio
Oferenda de verso santo
E o embriago queda na boca do poeta
E as palavras viram nisso
E o texto profundo, revira, mergulha e nada

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google

sábado, 19 de dezembro de 2009

"OUT OF AFRICA" Um Eco ao Maestro


Fora de Mim
... E o homem sorriu diante a criação subtil do grande poeta
Ás vezes parece satisfeito e se inclina naturalmente como
Que para agradecer ao invés de cochilar...
Outras ele perde a direção do olhar...
Tanto para ver
“EU” ainda aprendendo a enxergar...
Pudera guardar em meus olhos ao menos
O cintilar das asas do beija flor quebrando o céu
Levando junto às meninas dos meus olhos
A bailar no arco íris que se forma até no
Orvalho sobre as pétalas das flores!
Tão curto o meu momento de êxtase!
Pudera senhor
Eu ver a ti na abundância da tua obra generosa
Como esse EU, um mundo dentro de mim para explorar
Resolver as coisas que me apequena por não saber olhar
Te enxergar em mim, e nada mais querer ou precisar
Por já ter tanto, por me bastar, então, pai
“Dentro da liberdade que me oferece”
Quando QUERO imitá-lo eu me sento aqui
Fazendo-me parte do que sou...
Mas as palavras ficam soltas sem nada eu saber formular...
EU me calo...
Será que é no silencio que me imanto de tua presença
E eu entendo a mim mesma, a poesia deste cirandar
Que mais parece um sonho?
Talvez seja por isso que ao “acordar daquele cochilo”
Eu não me acordo para recordar...
Graças por teu Jardim
E me perdoa pelas tantas vezes
Em que eu entro aqui sem pedir licença
Sem os meus pés lavar

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google
*Um Eco ao Maestro Bruno Rodrigues
Em OUT OF AFRICA

domingo, 13 de dezembro de 2009

Acqua nas Digitais


Acqua nas Digitais
Em gaiolas as agonias
Quando se ponde a lamber
As feridas que te tomas os rosnados

da face fantasmando -te
“lhes sobrara asas a este céu desacostumado”
 e de memória abandonada
A grandeza do telhado
ao libertado
*
VERA
Imagem Google

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Sondar a Lua


A lua se transporta ao teu céu
E nele as constelações
As formas que criastes para me chamar
Os feitos involuntários que és cá dentro
Que me arregalam ostentações
Depraves exuberantes e lunáticos!
Voar, fragmentar, se fundir
Teu cheiro de luar
Pairando poeira sobre mim
E por inteira me sujar
Em tuas partículas o meu infinito
E entre elas nascentes são orlas
Para que te fertilizes em volta ao planeta
Toma os anéis dos mundos
Que te anelo de rios e me oportuno mergulho
Em espelho d’alma
Tranquila e cristalina
Mas que me ferve quando bebes
Igual me sente quando bebo
E quando sóbria
Sonda voz boca da noite
Que me engula em tuas tramas de poeta
Sobre o azul do meu, teu
Travesseiro de nuvem...


Vera Lúcia Bezerra Freitas

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A VIDA QUE ME TEM


vida na ponta do pé
 vida aqui não chora
vida rir tão bem que emborca
Quem não tem vida sabes bem...
A vida que me leve a quem tem
Leve e me eleve
Tão de leve que não pese
na sábia dança da lida que me leva.
A vida é o pé
O passo que ela tem
Vai e vem
Me vago dançante...
VERA

sábado, 5 de dezembro de 2009

Planalto Estado Febril


Planalto Estado Febril

“O dia se recolhe, consigo as glorias”.
Há um não sei o que eu já ouvir dizer
Em algum lugar esquecido
Como um grito de mãe
Talvez uma lamparina acesa
Que acende tal lembrança
E chama o despertar do sono
Desaperta a serosidade dos ouvidos
Destelha o verbo deveras
Despe a surrada camuflagem embebida
Enquanto o morfeu encanta com
Teu verso cortinando
o céu
E cerrando os meus cílios
As feras se agrupam,
urgindo um manto negro
Enamorando suas distorções envelhecidas

- Há uma Catedral tão perto ao acústico!
Por certo a divindade escuta
E acorda o destro sentido

Para a sonoridade dos risos sapecando
O verde das planícies
Onde dormem as tuas crias

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Vera

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Beco sem Gato


Minhas meninas
Brincam de roda na orla da íris deste céu
No centro dela um gato peregrino se faz prisioneiro
Pede leite ao luar...
Os teus olhos parecem dois horizontes verticais
“Big Faróis assustados"
Quando abertos
Derramam sobre o devaneio estrelas
Que encandeia!
Às vezes eu me imagino espelhada nelas
Então eu me sinto sua dona colhendo - as
E enfeitando o cenário para
Uma poesia orquestrar os becos dos felinos...
E eu sair do centro da roda e
Deitar o meu corpo mutante
Sobre uma cama de peixe... Miau!
Fundir meus fragmentos ao feixe de luzz!
Os pelos da boémia eriçam
E no seio da criatura noturna
Há um tambor nervoso que por si se espanta
Por não achar nada igual!
Sai por ai rosnando
Pulando os muros e as fachadas
Para um dueto de
batucadas

Vera Lúcia Bezerra Freitas
imagem Google

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Sonhar as Estrelas

Amar
É quando me esvazio de mim
A minha alma me escapa
Á buscar-te
E quando chegar
Viajar ficando num abraço
E outra vez
Encher-me de ti
Esvaziar...
E a minha boca lasciva
Já saliva...
*
VERA

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O Vermelho dos Campos


Hoje terei o
Verde dos campos
A Flor branca
Dos laranjais
A Rosa cor de boca
O Lilás
Que vestem as fadas reais
Um lençol azul enfeitado de lua e estrelas
Duas janelas em um mesmo quarto!

E vento, muito ventooo
Sobre o meu corpo deitado
O zan zar de borboletas bolinando ao redor
Das saias de tule que já são esparramadas!
Sobre os arrepios
As tuas mãos se formando em conchas
Beijando a pele da face rosada

E no vão, canteiro entre os meus seios
Plantaçoes de hibiscos, de todas as cores
Que hei de comer
Beija flor que se aforgar!
"Se ainda controla o ponteiro do tempo"
Se enrole
Nas duas faces daquela historia...
E não a apague a luz agora
Espere os meus cílios sentirem vontade
De se deitarem...

Vera Lúcia Bezerra Freitas
O Vermelho dos Campos
Imagem Google

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

TELA


Um traço que me arranhe profundo
E te pinte próximo a ela dor...

Pincel fino e seguro
Mergulhe alem dos tons, e que o permita
Ultrapassar a paisagem obscura

E de vez em outra...
Mãos te abusem, mas que estas
Mão me errem no contorno das margem
Onde persistem as ramagens e flores
E o artista ausente de si silencie, por achar beleza
Ao se despir para amar a imagem
Escalando insano a ti mesmo, que és tal qual miragem...

Hastes desfolhem
Cruzando de canto a outro
Uma era de si para que te aprontes
E encontre
A aquarela refeita aspirações!
“Na imagem”
Pinceladas desabem vigorosas combinadas
Escalando contra os borrões que formam, que deformam

E a arte sem parede se apronte!
Então o artista mira os teus olhos
E se abandona num mergulho sem fundo
Na profundeza que te guardas
O pincel o alcance
E se lance como flecha em seio
Tingindo de incolor o autor...
Quem há de crer ou ver a autenticidade da arte
Nesta densidade?

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google

sábado, 14 de novembro de 2009

O CORAL HABEAS CANTUS DO TRF


















O CORAL HABEAS CANTUS

A noite teceu com carretéis de
Bordados o teu verso
Estrela cá dentro
Atiçou o candeeiro do céu
As distorções da cumeeira
Criam formas
Transparentes de vidas
Como afluentes, rios e mares
E neles os seres imaginários...
Anjos abrem as partituras douradas
E o Coral Habeas Cantus
De encantos recital
Traz consigo suas luminária acesas
E as postam diante a posse douro maestria!♪
Agora, Clave de sol ♫
Anuncia a alvorada nas esplanadas!
E ninguém se imagina menos vestido
De nuvem para a dança dos anéis!

*
Poesia: Vera Lúcia Bezerra Freiras
Ao coral Habeas Cantus do TRF 1ª Região - Brasília -DF
Pagina do escritor: Recanto das Letras, código do texto: T4682310



quinta-feira, 5 de novembro de 2009

... Sobre a Graça do Poeta


... Seja aqui
Seja lá
A este olhar que tudo vê
O que tiver quer ser
Que a grandeza por igual deste "céu"
Farte a fome dos passantes
Acalente tuas almas
E que dos "meus"
Olhos caiam as vendas
Ao menos para aquele instante
Em que a mão da ilusão
Entra na cartola...
Então
Juntem-nas em conchas
Afunde nas nascentes sagradas
E poste-as sobre a face...
Depooois me contem

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem de outro filho do poeta
Por GOOGLE

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

DEVERAS POESIA...


























Deveras Poesia
Se tudo for ponte
Encontro e travessia
Verdade semblante em vida
Flâmulas de bem te vi
Cardume e maresia
Canto claro de um sol
Que deveras Verás

Teu verso vertendo a voz de tanta gente
Alma flor de uma verdade latente
Louva
Deus até no broto de uma semente

Sente e vê
Que todos somos um único ente
De olhos mãos cores vibrantes
Dentro de um coração que rumo vai pulsante


José Nildo de Souza
"Canto do Escritor" e na "Noite de Poesia"
Imagem Google

Atirando Pétalas Para Caminhares


O "Gliter"
Elemento vital
Ensandecendo as retinas esvais-me
Levando em teu sol minhas asas
E EU?
Embebida a magia do astro
Indolor as meninas
Arranco a flor do seio
E me abandono
Para ti buscar...
Nem quero amanhecer
Quando chegar


VERA
Imagem Google

Em Flamas o Sol


Outros dias
De Sol
Me chamas dançando
Em malícia
Crepitando fogueiras em seio
Inflamando, enfeitiçando
Lanças -me para dança
Lamparinas e luminárias atiçam
E nada verbalizam...
Mas eu o que sei?

Já queimavas dantes!
Agora “VEM”
No silencio da calada
Sobre os montes encandear
Com tua flama
E adentrar a porta da morada sagrada
E lá habitar
Pra vida reacender
O SOL
Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google

domingo, 1 de novembro de 2009

Meu Jeito de Olhar


Ver é imagem
Ver-ter
Estes vagões e corredores vazios
É quando me tocas
Com as tuas parábolas, fazendo-me escapar
Verter em aromas por ser vazante por ti

Hora me fazes leve brisa
Outras vulcões
Hora borboleta, colibri...

Agora caramujo
Onde casa são as tuas palavras
É ai que os meus olhos viajam
Descortinados e sem frio
Nem precisa telhado pelo bem que me fazem
Nelas me agasalho macio
Tiro a armadura e as mascaras
As esqueço em qualquer lugar
Fico nua e descalça
Para acordar, pra dormir...

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google

Encantada!

Criatura de doces aromas
És tal qual beija flor á polinizar-me!
Eu mergulho em cada uma destas
Tuas belas flores
E já me pareço com a alvura perolada de tua alma...
Paraíso preservado para eu em
Dia á dia reconquistar
Encantada !
*
Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Perfume da Dama da Noite


Quero
Acreditar que a fragrância do jardim
Impregnou em ti
Que os meus amores
“Beija flores, borboletas e querubins”
Cheiram-te, de ti bebem
Comem por mim...
Nos bordados dos sonhos
Tingindo as vestes de rosa mesclando de lilás
E que os laços são feitos de afetos
“São fartos beijos, são nós de abraços”
Que as mãos repisam em amoroso silencio
As cenas que lembram
A suavidade das curvas...
O mergulho das línguas, contornando as bocas...
As insinuações dos apuros, armando para que me acudas!
... E "Assim que os olhos se abrirem
Serão ofuscados com o douro dos teus cabelos"
E este cheiro de sol que deles ainda inebria
O meu despertar
Por certo todas as manhãs á mim darás

Mas por hora estou á me encantar
Até que o odor da dama
Por vez te fulmine
E o teu sorriso seja o meu anunciar

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google

terça-feira, 27 de outubro de 2009

...Apenas poesia, mas era a boca que eu queria


É
FOGO!
Amar a poesia e ser
Apenas poeta!
É doce

Perder a razão
Cair nesta rede fina
Ficar em tuas mãos...
É frio
O deserto do silencio
Escaldante
A falta d'agua do ser tão!

Vera

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Um Eco para Manhã


... E o mar é quente!
Descamisado, vicioso,
As ondas dançam a versão
Do vento para me encantar

E como um açoite que inflama
O corpo parece falar

- Se lança Vera
“Queda sobre a boca do lajedo, para quebra mar"

O Limo acobertando as pedras
Cochicham a minha queda
E parecem de eu zombar!
- QUEBRA MARRRR...
Mais uma onda, deslizo profuuundo sem ar...
O mar, o mar amar
Ahhh!
Não mais acordar
*
Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem google

*...Tripulantes Cheias e Vazantes, destino o mar


Talvez seja bom
Se quebrar em ondas, vestir maresia
Ter estrelas nos cabelos
Não fosse Verinha Blá, blá, blá
Que não para de falar!!

- Doce é mergulhar na transparência do rio
Fica invisível, alma ainda mais serena
Que até se pode falar com os habitantes das margens

E você os conhece?

Eu os vejo agora
Quando estou menos crítica comigo...

Meu pulmão é todo coração inundado
E este ar é tão macio que me deixo levar
Pelos efeitos, meio zonza com as
Sinuosas das correntes falantes...

O que querem mesmo dizer?
* ... Rios não morrem sem ver o mar!

... Mas vou indo, me contradizendo
Céu descampado
Me tingindo de azul!
Não saber diferenciar
Espelho d'ouro céu d'água...

Tão bom vazar o habitante de mim
Tão bom dormir
Depois acordar Gaivota, assim
*
Vera
Imagem Google

domingo, 25 de outubro de 2009

OLHA EM ROSA


























Olha Poeta, olha!
Se fosse Flor Seria de lótus
Mas como voa é beija flor
a beijar -te enquanto flor

Lançar-se a a mar

em seus braços amaranhou

e banhou-se em teus olhos
vertigem de amor... 

Fixou-se  em suas retinas

Com a força contagiante
deslumbramento infante
ternura de uma menina...


E esse barulho igual tambor

Eriçando as cordas do violão?

Ah, poeta! Bem sabes,
é paixão, tem jeito não.

É um acervo, acerte o tom

De um acorde sua canção
É SI e SOL

Correndo na soberba dos dedos
a tocar o encontro sem fôlego 


Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Verarosa

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Portas


...Quando tudo parece que já foi dito

Tenho um alfabeto de histórias em cada letra...

Então eu vou criando um conto diferente

Do que eu gostaria de ti contar

"é pra não assustar"

Vai que vira vento sorrateiro...

To inventando portas, hora dessas me encontro...


Vera Lúcia Bezerra Freitas
*Imagem google

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Sem Postagem

Tu bem entendes desta fome
Percorre todos os cantos deste piso
E jaz se dela comem, consome!
Neste plano, neste caminho do nada
Sem postagem tua, sem imagem, sem mim
Sinto o frio de a lâmina atravessar meu corpo
E nesta a morte de um não, de um sim.
Eu olho esta página vazia
Eu querendo estar por traz dela
Passar e tocar- te derrepente
Bem perto e assanhar teu juízo.
Mas, cerraram meus lábios as palavras
Serra em meu infinito a loucura
Repouso meu mundo surdo
Relendo as horas perdidas
E às vezes eu tenho vergonha...
Então, eu choro pelos meus
Lamentos pedidos.

*
Vera Lúcia Bezerra Freitas
imagem google

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Feliz Aniversário!

Bom dia Vera!
O dia amanheceu lindo e assim tinha que ser!

Como explicar que usei
Flor para não dizer...
Outra palavra singela com tanto ardor

Em italiano também não o posso fazer
Espanhol é a mesma
Tem o mesmo valor...
Em um dia quente suave nasceu a flor mais bela
Inundando o jardim da vida com beleza e emoção
Trouxe brilho colorido para enfeitar
prima vera
Com seus olhos claros
Meiguice e sedução!
*
Imagem Google
* Graças poeta, pelas flores ao meu jardim!

sábado, 10 de outubro de 2009

Metáforas ao Palco


Metáforas tomam o palco de mim, evasivas
Lábia cantante, extravasantes risadas!
Cadeiras lotadas de cara pálida, te flertando como melhor lugar
Enchendo o seu olhar!

Levantam-se e se lançam sobre minha ignorância
Levando-te do meu foco... Fico descalça...
Minha intimidade á mostra, um frio tomando grandezas
Parte de mim escapando dos dedos...
Tantas línguas dispostas aos teus ouvidos!
E eu com o meu repente... Tra lá lá, ali e acolá
Tanto de mim, mas sem eu saber-lo falar!
O que queres ouvir, porque te vais?

Conta as histórias com mais jeito
Para eu saber o dialecto e agente se sentar...
Não corra, não voa, vem cá!
Que a gente pode trocar as línguas, eu uso a tua boca
Tu usas a minha... Assim comermos
Tomas a minha veste e do amamento, do que me diverges...

E se assim o quiserdes, a gente apaga
Os borrões dos contos de agora...
Vem! Que EU sou o vento varrendo o chão
Balançando os roseirais, e amaciando
O capim para perfumar o teu caminhar...

Também estou aprendendo a andar...
Mas te amar? EU sei de montão, é grandãoooo assim...
Beijossssssss
*
Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Semelhanças VERVAIN

Assim deveras
Diante os teus olhos...
Dou-te os versos que não sonhas meus...
Dou-te os apuros que assemelhamos desejos
A firmeza de uma vontade dilatada
Fica para outrora, doutas palavras!
E a minha verdade, planto e como?
E como- te, brotos, espinhos e rosa
Abra o meu seio e colhes, donde
Refugia-te a fortaleza das folhas, dos galhos... e
Rendidos os botões te amolam por água doce
Que afoitos
“Elevam-se para posse, fonte da tua boca”
Dona do trono, pura vervain
Que faminta os engole
*
Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Amigos Da Alma


Os Meus Anjos
Do Nada Chegam
Cheios de movimento
Nas asas, cobertas de gliter
Que eu imagino ser
Colhido das constelas de Eros
Que ao se movimentar, mesmo que alheio
Que Exuberância!
As partículas vibrantes vão caindo em
Leve metáforas, poesia como
Sendo chocolate em versos... Bem ai
As
nossas almas abraçam-se inebriadas
Se fundindo aos fragmentos da
Doçura dos seres alados
Bailamos na euforia e ao
Som dos nossos sorrisos, estampados
Em campos de flores silvestres
Voamos nessa plenitude ainda mais altoooo...

...VÊ as peninhas?
Elas caem por si, e já são cheias de brilho...

- DÓI, quando as arrancam, se nos reflectirmos nas
Meninas dos olhos um do outro...
Então;
TOMA a porta da minha boca...
Tão bom sorrir.
Tão bom ver os nossos sorrisos
Enchendo os olhares e cirandando em volta do
Nosso abraço...
Talvez seja assim o EU amar

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

DESVAIRADA


Há uma
POESIA QUE EU AMO...
"Amuleto de encantar"
A tua mão é aquela, judia
Que se posta em noite de primavera sobre o
MEU peito para o meu coração acalmar...
Cinco dedos, cinco pontas
Minha guia estrela de DAVI
Os beija flores a cantam
Canção que só a alma alcança
Eu a desenho em páginas...
E a semeio sobre os elementos daqui.
Brotam borrões diversos de
VERSOS, e por serem
Cultivados entre meus lábios, são
Espremidos, machucados e manchados
Banham-se na saliva da minha boca
CALADOS... Condensados
Mas, és teu
O CÉU que te bordo encarnado
Fervilhando sobre o telhado aluado...
Onde os loucos, as loucas amam
E se alguma poesia atrevida me escapa!
Nenhuma faz voos vazia para ti...Sabes
DEUS
Há de
Acalentar a desvairada!
*
Vera Lúcia Bezerra Freitas

domingo, 27 de setembro de 2009

Bailarina Dente de Leão


Tombas o teu olhar inocente
Na leveza das saias, se esvaindo ao vento que a sopras
Arrancando não mais que fiapos de palavras.
Ver de!
Verter os desdouros das valas
Que te arranham o delicado caule
Mas EU!
Entre Elas
Eu me resto, como dente de leão...
Sem me grudar ao pólen, voo bailarina saltando
Os temporais extasiados, apostos e sugestivos
Em suas nuances me eclodir...

Sorvo as cercas de ilusões, e ouso me lançar
Na esquina verde, junto á tua janela
Sobre o mato rasteiro do teu quintal
Para me acamar...
Retorcer-me como hedera em teus pilares
E me banhar nos floripodeos, por ja querer ter alma

Ar mem mim ai
Deitas-te lânguida febril
Inflamando ao meu chamado
Que te embebido em ervas e veneno encanto... E

Zapt! Glut, glut... Goles te engolem...
Vem! Te atiras em quedas incrédula, vooasss
“Gaivota as tuas asas sobre o J de k”
E mergulhe nos espelhos destes lagos
Regas os planaltos e planícies em teu pouso!
Que o pulmão da menina do poeta não dorme.
"Ressona breve... Ofegante"...
Ar mem me ai

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google

Adornos do Olhar


Ah! Andorinhas - me
Fazes minha as tuas revoadas
Seja eu, o dourado sol de tua alvorada.
Ajeitas-te em meu colo, santuário solo, que floratas-te!
E neste céu límpido, que me candeia a tua imagem
Abres o teu seio, e
Sem mais margens doutos jardins
Posta esta rosa rubra á mim.
“Que já me vejo abrindo a boca, em cio ti rosnando”
Adornas -me de tuas vontades
Com teus olhos jardineiro ou caçador
Defrontas a "tua minha ceia", que é
Posta rosa, tocaia loba em lua cheia...

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google

sábado, 26 de setembro de 2009

Vinicius Cassiolato


...O manto da
Razão tenta impiedosamente
Lançar-se sobre mim.
Mas os ventos que trazem a nudez de
Venus,
Exerce maior fascínio.
Que delicioso vento a loucura proporciona.


* Vinicius Cassiolato
Imagem google

Linguagem Intriseca Na Poesia...


Ruma-te ao céu airado astro ao chão
























Que por certo me achas ainda solta, no cerrado do Guará
Mas, “Cá, pra tu”
A estrada parque não tem verde, nem revoadas, é denso asfalto!
Os tais lobos fazem malas! E não há bichos
Nos buracos de tatu.



É Setembro!

A prima vera se insinua na estação sertão!

Chove quente, como sendo o dorso céu da minha boca
Donde poesia fervilha nas vazantes dos poços

Sol e Si
Sussurram o solo que te bolinas
E por se daninha
Toda te inflamas para brotear...
- O acústico rouco acorda o surdo!

É se encantar e se esparramar!
Donde estasss?
*
Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

CÉUS!

























...Infinito deste DEUS.
Sou rosa, mas me lanço
verde jardim!
Nem sei dizer o gosto das águas que convidam
Na bica das grotas
“Firme uma profecia e faz destino"

....Choras a infante

Almeja a fonte sagrada do coreto do poeta...

Quer beber de tua boca...

Unhar a pele
Bordar borboletas nas tuas teias
Polinizar beijinhos, fecundar o jasmim.


Dai-me longas asas também nos pés!

Batidas imortais... Cheias de fé.
Atire o regador á fonte doce...
Orvalhe os meus olhos desse amor
Apresas-te pra que a tempo me beijes
Ou não me resto em flor...

Vera Lúcia Bezerra Freitas
*Poesia editada no livro Coletânea do Guará, pagina 120