Dona
Senta á beira dos pensamentos
O seio estremecendo, o habitante
Devasta no entardecer, e os teus
Agregados em telha fervilham
Dona dos teus
Domas- a
O rio de ilusão, donde margeia o
Capim cortante esvaindo -lhe
Dali migram as florinhas
Para que te desfolhe a
Vida solitária, e a quede em
Covas, em uma estação lua nova
seja muda de si
"Dona jardina em nuvens e
São te recolhidos os dias"...
Divagas, e ali mesmo se deita
Sobre o verde das navalhas, tua boca molhada
De quebrante, cabelos ventados de margaridas e
Os olhos sorrindo o sonho que gaivota o céu de antes!
Dona, por ai
Coração passarinhando, "encarnado flor"
Que te acolhas e a adorne o fruto amor
Dona, vagasss
Louca vida, o coração nas mãos
... Sem Dona de si, ela anoitece os dias
Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google
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