Giulio
Aristide Sartorio (1860-1932), A Sereia (1893)
Deixo a dor de amor possuirpois eu não posso ir
a nenhum outro lugar
que não seja ai
em seu colo entrelaçar
no balanço da rede
bolinando as ondas aleia...
Tomara haja santo por lá
para me acudir
e eu não me afogar,
"ou to nem ai!"
Abra a sua rede
para eu me lançar
e afundar nesse mar.
Mergulhe entre seio
“também acalento”
para o peito calar...
Pesca a dor de amor!
Remedia meu peito
com seu jeito sacana
faz a boca gemer
e o corpo falar...
No balanço da gente
desnudando esse azul
lambuzando no mel
até a rede cair
o céu desmoronar.
*
Vera Lúcia Bezerra Freitas
Página do Escritor: Recanto das Letras
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/5865725
Página do Escritor: Recanto das Letras
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/5865725
Nenhum comentário:
Postar um comentário