terça-feira, 15 de junho de 2010

Rabiscando a Tela Do Instante

Faz frio
Nas pontas dos meus dedos
A inspiração me olha melancólica
Tingindo a tela do instante de si
Faz frio! Eu digo-lhes
Peço apenas um verso tinteiro
Cheio do líquido vida
Pra que eu possa me molhar
Pintar um céu vermelho
Fazer-te um trono, eu  rainha...
Estrela pulsando cá
Meu coração anseia arte
Tem cúbica, volúpia... 

Por ti essa Inquietação!
Peço mais uma paleta
Sirva-nos, nela o verso borbulhando
Já embriagado, cheio de doçura, para que
Amanhã eu não precise os borrões
De a boca apagar...
Deite-se sobre a arte remetida à alma
Para que juntas, minha
Imaginação e "eu" possamos mergulhar
Dispa-se das rezas, dos credos...
Sinta esse chão se desenhando
Pinceladas de aquarela deslizando
Contornando as curvas
Deslumbrada com a soltura da arte
*Ao realizar-te!

E veras, e terás
Aos teus pés, a assinatura beijar...

*Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem por google
Liliana Karadjova

2 comentários:

  1. "...Dispa-se das rezas, dos credos...
    Sinta esse chão se desenhando
    Pinceladas de aquarela deslizando
    Contornando as curvas
    Deslumbrada com a soltura da arte
    *Ao realizar-te!
    E aos “teus pés, a assinatura beijar” veras..."

    OSHentiiii

    *Vera Lúcia Bezerra Freitas

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