segunda-feira, 24 de março de 2014

MUDANÇAS, LADEIRAS SEM CARRINHO!














Onde passaram as rodinhas de rolimã
tombei minha boca,
não me deixaram dor de dente,
nem dedo arrebentado
que o cuspe não curasse...

Sorriso estremecia dentro do veículo imaginário,
costa arqueada sem consciência adivinhas...
Nada queria, Alegria corria solta,
pedra polida colhida no córrego valia ouro...
Caminhos eram os riscos das rodas ficando lá atrás...

Imagens sem pecado, eu de fato dentro
de um poço! Nem rezava o credo,
Adorava brincar de fantasmas,
Andava descalça, tomava banho
de orvalho comendo marmelada
na estrada, ninguém me via.

“Às vezes a criança chorava por coisas
que não conto, por me dá preguiça...
mas tristeza não tinha chão”.

Hora vou lá... Planar nos sonhosss
Não subo a ladeira sem o rolimã,
E não morro de tantas coisas quando crescer...

Firmou em mim...
Um rastro sonoro de risos todos os dias,
Tesouros são as cascas coloridas de besouro,
“Descabeladas”, minhas bonecas no milharal...
O gliter das asas das borboletas em minhas mãos,
Os mistérios e fantasia que só eu via...

*

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google
Página do Escritor
Recando das Letras Texto: T4742506

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