domingo, 15 de junho de 2014

EM CHAMAS


Ainda abro a porta desta comporta e regurgito
“ou engulo de vez esse apelo mais que meio”,
Flor em chamas  só chama água...

Só a imaginação crê nestes voos no leito
de borboletas, de beija flores e de quero, quero...
O seio desnuda com a seca, chora a rosa,
Chora a esperança e o louva deus no roseiral...

O
caule curva-se diante a estiagem 
e as folhagens amarelam
Os espinhos despontam! 
O botão se apequena ainda mais ...

Se fiz fumaça dancei nua descalça
Se pedi chuva, não ao Tupã... Ser tão
Ainda nadam apenas as meninas dos meus olhos

Torra o chão, torra até o caminho do grotão! 
E o jardim não mais floriu ...
                                *

**Vera Lúcia Bezerra Freitas
Página do Escritor – Recanto das Letras  -T4845978
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4845978
Imagem Google

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