Deitas-te tem frestas de céu
Que pedirias á noite, luar, chão?
Dormes?
“não”
E já te em poças afoitas
No em seio do sonho
Ao ser-te deserto
Ser-te ausente, decerto quer não...
A veste é alva, aguenta não!
Se o Sol
Ressonasse na nascente
E a noite dormisse no raiar
E se tiverdes olhos, ainda assim
Em camadas
Nada via, a derme ardia afogada!
O grito se perdia em ecos nos rasgões
Pra dormir nos ossos
O ouvido queria, pedia para os dedos
Nos espaços vazios
Em que te faltas enviesar
Em que te faltas enviesar
Afobada, os dentes se mordiam
Os lábios tremiam
Por boca em vontades de veras
Gemido de frio calar...
*
Vera Lúcia Bezerra
Imagem google
este verso evoca todo o poema
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Ser-te ausente, decerto quer não...
A veste é alva, aguenta não!..."