quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Sondar a Lua


A lua se transporta ao teu céu
E nele as constelações
As formas que criastes para me chamar
Os feitos involuntários que és cá dentro
Que me arregalam ostentações
Depraves exuberantes e lunáticos!
Voar, fragmentar, se fundir
Teu cheiro de luar
Pairando poeira sobre mim
E por inteira me sujar
Em tuas partículas o meu infinito
E entre elas nascentes são orlas
Para que te fertilizes em volta ao planeta
Toma os anéis dos mundos
Que te anelo de rios e me oportuno mergulho
Em espelho d’alma
Tranquila e cristalina
Mas que me ferve quando bebes
Igual me sente quando bebo
E quando sóbria
Sonda voz boca da noite
Que me engula em tuas tramas de poeta
Sobre o azul do meu, teu
Travesseiro de nuvem...


Vera Lúcia Bezerra Freitas

Nenhum comentário:

Postar um comentário