sábado, 5 de dezembro de 2009

Planalto Estado Febril


Planalto Estado Febril

“O dia se recolhe, consigo as glorias”.
Há um não sei o que eu já ouvir dizer
Em algum lugar esquecido
Como um grito de mãe
Talvez uma lamparina acesa
Que acende tal lembrança
E chama o despertar do sono
Desaperta a serosidade dos ouvidos
Destelha o verbo deveras
Despe a surrada camuflagem embebida
Enquanto o morfeu encanta com
Teu verso cortinando
o céu
E cerrando os meus cílios
As feras se agrupam,
urgindo um manto negro
Enamorando suas distorções envelhecidas

- Há uma Catedral tão perto ao acústico!
Por certo a divindade escuta
E acorda o destro sentido

Para a sonoridade dos risos sapecando
O verde das planícies
Onde dormem as tuas crias

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Vera

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