terça-feira, 15 de junho de 2010

Janelas Espiam

E a Alma se despe
Sentiria com prazer esta dor descrições do teu peito
Só pra saber as desavenças que ai transita...

Percebo-te em minha alma quando se despes
Poesia que, como a um céu dês estrelado
Completa, os lúmenes

Fazem poses reluzentes, deslizam rumo
Cair no vocabulário úmido e quente de tua boca

Fosse eu uma delas entre os teus desejos cadentes
“Arteira e descuidada bailava
Estilhaçando a lente do olhar”
Com os desgarrados da saia, vidrilhos...

Ao teu foco, me postaria nua!
Dando crias ao transitar entre as tuas divagações
Que as abriga, poesia

Se, sobrepostos corpos embriagados
Sorveria do pulmão vulcânico
A inspiração eloqüente, veneno do teu pomo ar
Em fusão esfumando as bocas mergulhadas em delírio,
Sugaria a tua boémia até esvaziar...

*
Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google

Um comentário:

  1. ai que cosa mas bella

    "...Fosse eu uma delas entre os teus desejos cadentes
    “Arteira e descuidada bailava
    Estilhaçando a lente do olhar”..."

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