segunda-feira, 11 de novembro de 2013

ANCOREI PARTINDO























Na ausência de quem não veio 
Vejo-me remexendo as páginas
A altura, as horas me correm também aqui
Ela com asas nos pés, enquanto eu me arrasto 
Truquei vagando em minha lentidão
Sem sondar o valor, o peso delas
Cada uma com as suas armas
Hora e horas levando, minuto minando
Segundos seculando
E eu esquivando-me...
"Nos Labirintos assombravam os zumbidos 
A voz embargada latejava palpites inaudíveis
Um peito sem prumo, sono a deriva" 
Assistia o navegante desolado em seus palpites
Em sua truculência social ao desassossego... 
Até que sucumbiu... 
“Eu que o digo na percepção de MIM”.
Não me viu ancorada enquanto o assistia
Festejando o teu porto seguro 
Seu Reinado Dourado Cor de banana...
A minha bagagem tinha o peso dos mundos!
E as horas haviam partido a meio tempo atrás
Não chorei nem sorri...
Olhei para Santa, peguei meu farol joguei no bolso
E mares adentram... 
Banho é bom. Com Deus Maria...

*Vera Lúcia Bezerra Freitas
Pagina do Escritor Recanto das Letras -  Código: T4565664 
Imagem: Soul Searching by MichaelO

Um comentário:

  1. Espero que o comentário postado tenha sido salvo pelo site. Aqui não apareceu nada informando.

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