domingo, 20 de setembro de 2015

INQUIETUDE



















Não é sábia a inquietude.
Talvez por isso, nada é tão invasiva
quanto essa presença
E ao mesmo tempo, a ausência...

E ainda assim fazer o peito arder
A lágrima desprender, o choro verter
sem ao menos ver-te
Que o diga ter.

Saudade; como pode ser?
Não ter braços e ainda assim
Aperta até moer.
Não ter asas e saltar despenhadeiros
Pra sobreviver...

Der baquear, quebrar, derreter
Pudera entender o submisso, o ser.
A surdina essa dor no peito
Gritar, adoentar de tanto querer-te, perecer...
*


* Vera Lucia Bezerra Freitas
Imagem do Google
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