Não é sábia a inquietude.
Talvez por isso, nada é tão
invasiva
quanto essa presença
E ao mesmo tempo, a
ausência...
E ainda assim fazer o peito
arder
A lágrima desprender, o
choro verter
sem ao menos ver-te
Que o diga ter.
Saudade; como pode ser?
Não ter braços e ainda
assim
Aperta até moer.
Não ter asas e saltar
despenhadeiros
Pra sobreviver...
Der baquear, quebrar,
derreter
Pudera entender o submisso,
o ser.
A surdina essa dor no peito
Gritar, adoentar de tanto querer-te,
perecer...
*
* Vera Lucia Bezerra Freitas
Imagem do Google
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