segunda-feira, 22 de maio de 2017

AINDA EMBEBIDA




















Embebo pelas tramas desta
boca de carcereiro
“domas o gosto embebido”,
Imerjo lambendo as crispas
Cuspindo a fumaça
Que trago da tua boca
Na garganta o gosto do poço
Que afundo aos sons de
outrora gemidos
E que agora me aperta o peito
Os feitos! Os gestos, o fogo!
Da lenha sou o que me resta
Murmúrios burilando as cinzas
Faiscando ainda em meus ouvidos
*

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Pagina do Escritor: Recanto das Letras


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