segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Beco sem Gato


Minhas meninas
Brincam de roda na orla da íris deste céu
No centro dela um gato peregrino se faz prisioneiro
Pede leite ao luar...
Os teus olhos parecem dois horizontes verticais
“Big Faróis assustados"
Quando abertos
Derramam sobre o devaneio estrelas
Que encandeia!
Às vezes eu me imagino espelhada nelas
Então eu me sinto sua dona colhendo - as
E enfeitando o cenário para
Uma poesia orquestrar os becos dos felinos...
E eu sair do centro da roda e
Deitar o meu corpo mutante
Sobre uma cama de peixe... Miau!
Fundir meus fragmentos ao feixe de luzz!
Os pelos da boémia eriçam
E no seio da criatura noturna
Há um tambor nervoso que por si se espanta
Por não achar nada igual!
Sai por ai rosnando
Pulando os muros e as fachadas
Para um dueto de
batucadas

Vera Lúcia Bezerra Freitas
imagem Google

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