domingo, 7 de março de 2010

Juntando Peças...

Assisto-me sentada na borba do abismo
Quando olho, avisto a profundidade que hábito
É, eu sou um artista que enfeita “os riscos”
E indefinidos engraçam ou disfarçam
Sou eu que ajunto às coisas a volta
E se aqui junto, sou ajunto isto
Apodero-me delas feliz! Apodero-me delas e choro!
Se esperares de eu um olhar crítico, não olhe.
Jogo-me no poço e em meio à queda solta
Imagino este salto como sendo queda naquela boca

Posso inventar e voar mais looonge do que avisto
Ter essa história regida de glorias ou um arrisco...
Viajar no fascínio da loucura nua

Há tempos me despes já não me visto
Resisto enquanto insinuas, enfim!
“Se quiserdes também posso voltar á mim”
Acordar, para noutra arena ajuntar
O que restarem do EU, "inteira" dos amontoados fins...
*
Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem GOOgle

Um comentário:

  1. A boca do abismo atrai, como uma flor
    aberta aos sentidos, por seus aromas,
    mas a profundeza puxa. É preciso grudar
    no chão, grudar na relva e nos arbustos
    para que o vôo não seduza o poeta
    e o leve, leve, livre, solto,
    como pássaro,
    porque os abismos não são infinitos.

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