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Vera Lúcia Bezerra Freitas
Amanheço no físico
E a pedra sem peito queima na mão...
"A alma tende a fugir do corpo"
Puxo os teus pés , pousar ou voar, então?
"Passos rendido sem asas dão-lhe penas"
E a pedra sem peito queima na mão...
"A alma tende a fugir do corpo"
Puxo os teus pés , pousar ou voar, então?
"Passos rendido sem asas dão-lhe penas"
Lá se vão das minhas mãos...
Longe de mim esfumaço
Encho as narinas e pulmão!
O peito distendido e infante
Enfarta no descompasso da noite
Uma luz que vela se apagando
E um morador sufocando!
Me apoio nos cotovelos
Longe de mim esfumaço
Encho as narinas e pulmão!
O peito distendido e infante
Enfarta no descompasso da noite
Uma luz que vela se apagando
E um morador sufocando!
Me apoio nos cotovelos
Os dedos que encubem os lábios
Entre eu e o branco da tela
Entre eu e o branco da tela
Enlinha disfarces que em branca os cabelos
A divergência cega e gaga me vaga
O mel dos olhos craquela
A voz embarga inaudível
A caixa do peito se estreita
E o morador dali dilacera
Parte-me ao meio e parte o chão
Parte a metade de mim...
La onde surge o jardim
Dor meça a flor da ilusão
A divergência cega e gaga me vaga
O mel dos olhos craquela
A voz embarga inaudível
A caixa do peito se estreita
E o morador dali dilacera
Parte-me ao meio e parte o chão
Parte a metade de mim...
La onde surge o jardim
Dor meça a flor da ilusão
Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google
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