domingo, 23 de maio de 2010

Portas ao Prado

Portas ao Prado Savana
Savana, Salva!
Fecho a entrada “desta terra”
Savana ardente
Terra seca e ainda assim querida!
Poupo-te a tonalidade da imagem escaldante
"Do sertão sem a chuva, como sendo esquecida viúva"

Sem promessa as vindouras floras
Que ainda em grãos aguardam no seio da mãe
A rega que não veio... Te esmorece o seio
Tua vinda só o sertanejo anuncia
É olhar o céu e a chuva adivinha...

Deixa estar meu coração!
Acostumado com a lida dura,
liga não
Teu tônus descorado e os tremores em vista
Teus senhores terrores
“Que impede avistar o horizonte
E até quando a noite se guarda pro dia
Os olhos de sede ardem insones
Nada trazem pra barriga nenos que meia"
Ah! Meu coração,
Escaldante terra esquecida
Parecendo que nem dormiu!
Ou teria ao menos o odor orvalho aqui amanhecido
Aquecido e umedecido o ventre, eu acordar
Fertilizada por tua imagem
E não me deixasses sem ti fonte de água vida
Sedenta partir...

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem De Vera

Nenhum comentário:

Postar um comentário