Que inflama quando remexes o solo
Coberto de bichos famintos que devoram!
Que hora não avista da tua janela
Mesmo que se eleve na ponta dos pés
A fome que é antiga senhora...
Coberto de bichos famintos que devoram!
Que hora não avista da tua janela
Mesmo que se eleve na ponta dos pés
A fome que é antiga senhora...
Não olhas!
Ouço-te com o mais límpido sentir
O teu aroma atiça ao se esfregar nas mucosas
Desalinhando os passos ligeiros de outrora
Ouço-te com o mais límpido sentir
O teu aroma atiça ao se esfregar nas mucosas
Desalinhando os passos ligeiros de outrora
E hora, me aperta a luxuria em silencio
Que desagua arrancando o encosto da comporta
Colibri cobiça o jardim e as tuas fontes
Quando traz em tua língua a minha sede
Sou ainda mais faminta
Por jasmim replantado de agora
Que desagua arrancando o encosto da comporta
Colibri cobiça o jardim e as tuas fontes
Quando traz em tua língua a minha sede
Sou ainda mais faminta
Por jasmim replantado de agora
Que cultivas com os teus olhos viçosos, lá fora
Pois cá dentro não me ver, não me ler... Não olhas...
*
* Vera Lúcia Bezerra Freitas *
Imagem Google
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