terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Veneno de Curas

Eis um ser que se busca
que não sabe de si
e quando encontra o que busca
logo descobre que
era aquilo que buscava
o buscador
Aquele que se funde com o buscante
e assim, o que se quer
já se tornou o "querido"
e o querido mais do que o se quer
está dentro mesmo do ser "querente"
um ente vivo que mesmo fora
trás dentro de si este eu que se externa
e quão cheio vazio sente que está
e vazio pensa-te cheio sendo
em ti então não há diferença
ênsia ou semântica
apenas uma híbrida auditiva semelhança
entre o silêncio e o grito
ouve-se um chamado à diferença
meio fim e começo

José Nildo de Souza Souza
imagem Google

Um comentário:

  1. Magnífico poema, caro POeta!
    "O amor a possuiu.
    E tudo que ela via, sentia, pensava, fazia falava, e escrevia
    era o amor que nela via, sentia, pensava, fazia, falava e escrevia.
    Dissolveu-se na argila do amor,
    entornou-se nele,
    Já não é ela quem vive, é o amor quem vive nela,
    e assim, poesia deveras, extrapola,
    ocupa todos os espaços da gangorra celestial
    e em meio ao vazio proclama: somos todos OM."



    Parabéns pelo poema que a poesia revela.

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