segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O Beijo

O BEIJO

Guardo teu beijo, terno beijo, na memória.
No inverno cinza, a despedida, último adeus.
A solidão ficou; mataste os sonhos meus
de reviver os lábios teus, ah, doce história!

Amargurando o teu partir, fiquei sem paz.
Amor desfeito, até a folhagem dos capões,
no farfalhar da tarde, aviva as ilusões,
sob canções maduras, belas, outonais!

As estações se sucederam desde então!
Alma constrita, olhar perdido no horizonte,
eis-me monástico, variando em vil mudez!

Trago a utopia torturando o coração;
sob estertores, fraco, almejo que desponte
grata esperança de beijar-te uma outra vez!

*Antonio Kleber Mathias Netto
Imagem Google

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