domingo, 26 de julho de 2009

Agreste do Planalto

Meu regresso para a vida é
“Também com ele a morte”...
Na estiagem do planalto
Meu agreste emborca a sorte...

O ver ter o verde entre os vales
Nestes desvios de rio
É apenas mais uma sinuosa para
Humidade ou seca a vista desta grota

De que me valem?
Traga-me você para eu beber
Teus devaneios se chocando aos meus,
Os atritos dos arabescos nos fazendo rir
Tragara-meeee
“Para eu comer para eu vestir”
Leva me, como sendo
O meu azar ou a minha sorte
Despindo minhas investidas por certo
Ainda me gostas...

Abre -me a janela, a porta para as floras
Aonde as meninas mergulham
Estilhaçando o desejo no espelho dos olhos

Farta-me nesse riacho
Arranca-me desta estação estiagem, deixa-me
Na lembrança ao menos o verde miragem...

Vera Lúcia Bezerra Freitas

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