quarta-feira, 1 de julho de 2009

No Palco

A canção não se firma
Se despede a maestrina
Guarda os braços, e o coral se senta

Arrisco um fiasco de voz
Mas a garganta
Craquela, inaudível
Trava o coro seco de paixão,
E os teus ouvidos nem ouviram
"Couro seco tem beleza não"?

A língua sedenta se emborca á fonte hibisco
o carmim das teias eriçam e "branco fica”
Te vejo envergar á uma outra platéia

Noutra arena o encanto,
Toma o “Aplauso das mãos”

“Atrás do palco, me amargo fel”
Universo despeço...

Talvez assista a nebulosa em meus olhos
Talvez minta, não vê as bolhas dos meus pés
Marchando no tira teima,
Talvez essa versão te surta o corpo
E não mais foque a tua imagem, noutra fonte

Vera Lúcia Bezerra
Imagem Google

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