Planto-me no calor desse chão
Pra enganar meu coração
É certo que esse “ar" é quente demais
É só ventar, e vais!
Queria mesmo era estar ai
“deitar-me no capim do seu jardim”
Seria tão bom dormir
Ou simular uma sena quase assim...
"Sentir o aproximar das tuas mãos
Tocar o vermelho desse chão
E ouvir um resmungado de si
Ao arranhar os teus dedos em mim"
Bem que podia cair
Uma das sementes despeça
Dessas que parecem bailarinas...
E se plantar na cintura da menina
Ver o germinar e o enraizar...
Crescer, florir e fazer sombra
Para que tu possas aqui descansar
Na fartura do abraço que te ronda...
*
Imagem Biblioteca Pública de Brasília-DF
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